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terça-feira, 10 de maio de 2011

O último a sair do DEM apague a luz


Christina Lemos
A saída de Jorge Bornhausen do DEM consuma uma realidade: o partido está prestes a ruir por falta de líderes interessados em mantê-lo de pé, ainda que como legenda menor. Mas a derrocada da legenda mais à direita do espectro político começou muito antes, na verdade, quando o mesmo Bornhausen deixou a presidência do partido, em 2007, e a entregou ao deputado Rodrigo Maia (RJ).
Em quatro anos, a legenda virou pó, sob o comando do filho de César Maia. A troca de presidentes fez parte de uma desastrosa jogada de marketing: renovar a cara o partido que havia “envelhecido”. Para completar, promoveu-se a substituição do nome: de PFL para Democratas. A artificialidade da iniciativa transformou a legenda em alvo de chacota.
De lá para cá, o DEM – sigla criada para evitar a inconveniente abreviatura “DEMO” - só encolheu. Mudou de cara, de nome, tentou mudar o programa, mas as idéias permaneceram as mesmas e o discurso continuou antiquado, em dissintonia com novos tempos que emergiam das urnas.
Resumindo, O DEM vai morrendo de velho, pelo anacronismo de idéias e práticas que o alienaram da realidade. O apagar das luzes do partido acontece quando ocupa a presidência do DEM o senador Agripino Maia. A esta altura, comandante e comandados já devem estar calculando como saltar do barco que está fazendo água.


Escrito por Magno Martins

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