Num bate papo regado a café, o radialista e pré-candidato a vereador Ronaldo Pacas, 49 anos, falou sobre política, sobre suas pretensões e abriu o jogo em reação ao que pensa da política de políticos de Santa Cruz do Capibaribe.
“O candidato taboquinha deve ser um Maia. Zé não vai abrir mão disso, ele tem que preparar alguém seu para ser prefeito e candidato a deputado estadual em 2014. Se ele colocar Ernesto e ele perder, mas fica com os votos para estadual”
M.M.- Há muito tempo que você deveria ter saído candidato, por que só agora?
R.P. - “Já ajudei muita gente a se eleger, muitos foram eleitos, outros não. Sempre fiz um trabalho social no rádio e faço até hoje e tive algumas oportunidades desde o tempo do grupo de Ernando Silvestre quando era para ter saído candidato, mas aí, pesou o lado profissional. Para se ter uma idéia, na última campanha eu trabalhei para dezoito municípios. Dei prioridade a solidificar minha profissão, mas hoje minha posição é irreversível. O que fiz em rádio me deu uma certa base. Sou pré-candidato a vereador”.
M.M.- Como será sua campanha?
R.P. - “Muito simples mesmo, não tenho dinheiro. Eu tenho procurado o apoio de pessoas simples, e graças a Deus está acontecendo estes apoios, mais e mais pessoas estão vindo a mim declarar não só o voto, mas o apoio. Não vou citar nomes, mas são muitas pessoas que em sua simplicidade tem uma história no grupo de oposição, uns verdadeiros soldados. Pessoas que dizem: Estou com você pro que der e vier. Todo dia aparece uma pessoa assim. Só não posso lamentar porque não candidato fui antes, Vou entrar de cabeça em minha campanha”.
“Eu fui o professor de microfone de Zé Augusto”
M.M.- Você e José Augusto Maia têm um início de história muito parecido...
R.P. - “É verdade. Com Zé eu converso como estou conversando com você, mas para sentar e discutir política aí abacá tendo um acirramento. Pessoalmente como homens, já fomos sócios, nossa historia não é de hoje. Ele dizia, mas hoje não diz mais, Eu fui o professor de microfone de Zé Augusto. Ele era cantar, mas quem deu a chance para ele falar em microfone fui eu. Começou em frente ao cinema de Joel, na Musa Discos. Ali ele começou a falar, naquele tempo que estourou aquela música Menina Veneno, ele se apaixonou pela música. Depois surgiu a oportunidade e a gente ficou sócio, mas ele enveredou pela política e eu continuei como locutor. He um respeito entre a gente. Só uma vez que teve um arranca rabo, mas nós acabamos relevando”.
“Meu relacionamento com Edson Vieira é pouco, não é o que o povo pensa, eu faço um trabalho profissional para ele”
M.M.- Como você ver esta transformação que o grupo boca preta vem passando?
R.P. - “Olha Marcondes... se as cabeças pensantes que estão aí levarem adiante este projeto, independente que seja Edson Vieira, tudo vai dar certo. Meu relacionamento com Edson Vieira é pouco, não é como o povo pensa não, eu faço uma parte profissional para ele, tá? Naquela campanha que lançaram meu nome com Nanau e depois um alto escalão do partido, que até hoje não sei quem foi, disseram que eu havia retirado minha candidatura e foi uma mentira. Dizem que foi a vereadora, não sei. Eu era do PSDB e Nanau do DEM, ai disseram que não podia, mas eu nunca retirei meu nome, foi uma mentira contra mim. Só que estas cabeças já passaram. E agora existe a grande oportunidade da retomada do governo municipal. Não só o deputado Edson, mas outras pessoas estão imbuídas neste projeto de retomada do poder. É uma visão diferente que eles estão tendo. Edson aprendeu muito com aquele derrota que ele teve (Para Toinho do Pará)
M.M.- Mas e se ele perder esta eleição novamente, quebra este processo?
R.P. - “Poderia se quebrar se trouxesse Ernando de volta, então se voltaria ao passado.
M.M.- Em relação ao reaparecimento político de Ernando Silvestre, o que tem a dizer?
R.P. - “Eu conversei pessoalmente com ele. Ele disse que era a vez dele voltar, mas reconhece que passou muito tempo fora. Eu gostei e gosto de Ernando. É meu amigo, mas o momento para ele não é esse...
M.M.- Esse tempo passou ou ele teria ainda vida política pela frente?
R.P. - “Ele teria uma sobrevida política numa vereança. Seria bem votado. Numa vice ele somaria, mas ele chegar depois de dez ou doze anos e dizer: eu quero ser candidato a prefeito, isso não.
“A gente não pode voltar aquele tempo do Padre Zuzinha e Raymundo Aragão. Eles fizeram muito, mas o tempo hoje é outro”
M.M.- Edson Vieira no grupo hoje como você analisa?
R.P. - “Edson Vieira com tudo que passou é um cara que sustentou este partido, como teve no partido taboquinha alguém que sustentou a situação. Na dor de dente o Edson está na viagem o Edson está. Ele é deputado e onde chega alguém pede ou reivindica alguma coisa. Vejo a questão da luta, ele veio para o partido somando. Eu acho que está muito avançado este processo, o projeto é bonito para Santa Cruz. Edson está no caminho certo.Hoje muita coisa mudou na cidade e na cabeça dos eleitores, essa juventude acompanhando as coisas de perto, muitos jovens querendo militar na política. No tempo de Ernando era aquela gavetinha, se dava uma ajuda na gaveta dele, hoje não é mais isso, no tempo de Augustinho também, hoje é diferente. Eu acho dessa forma é voltar ao passado. A gente não pode voltar aquele tempo do Padre Zuzinha e Raymundo Aragão. Eles fizeram muito, mas o tempo hoje é outro.
“Acho que Toinho do Pará fez um bom trabalho, agora caiu na boca do povo que ele não fez nada”
M.M.- Como vê a situação do grupo taboquinha hoje?
R.P. - “O prefeito se desde o início tivesse tido pulso para colocar uma equipe dele, levado sua idéia adiante, ele era o candidato natural. Se ele tivesse um Marcondes Moreno na Cultura, um Jota Oliveira numa pasta diferente. Se pecou muito, se contratou pessoas de fora que não conhecem a realidade da cidade nem a história. Não se divulgou o que o cara fez. A gente conversava com Carlos Lisboa (Chefe de Gabinete) e ele mostrava os dados que a maioria na cidade desconhece. “Acho que Toinho do Pará fez um bom trabalho, agora caiu na boca do povo que ele não fez nada. Eu acho que ele fez”.
“Acho difícil Nanau ser o candidato porque ele veio de outra agremiação e só por ter chegado, já passar a ser o cabeça?”
M.M.- Em relação aos pré-candidatos taboquinhas...
R.P. - “Hoje nesta divisão e briga que se instalou, podemos dizer que Fernando Aragão tem uma história, mas a popularidade e o carisma do povo, não tem. Ernesto Maia. Renato Júnior me confidenciava que quem tem a maior rejeição é ele. Se organiza um grupo para fazer de Nanau o candidato escolhido, mas eu acho difícil Nanau ser o candidato porque ele veio de outra agremiação e só por ter chegado, já passar a ser o cabeça? O candidato taboquinha deve ser um Maia. Zé não vai abrir mão disso, ele tem que preparar alguém seu para ser prefeito e candidato a deputado estadual em 2014. Se ele colocar Ernesto e ele perder, mas fica com os votos para estadual. Zé sonha com o futuro, e se ele se enquadrar na lei da ficha limpa, ele tem que ter alguém, preparar alguém, ou Ernesto ou seu filho Talys. Já existem boatos de Talys pode ser o vice de Fernando Aragão”.
M.M.- Você acredita em surpresa na escolha do candidato?
R.P. - “Zé deve ter uma carta na manga. Estão preparando e alguém de conciliação pode surgir sim, quem seria? Eu não sei...
M.M.- Quem deveria ser o vice de Edson?
R.P. - O grupo aparentemente está unido. eu particularmente acho que seria Diogo Morais. Porque poderia somar com Edson, é um nome que veio. Uma coisa é ele ser candidato, outra é pedir votos para alguém. Seria assim. Ou vai ou racha. Edson ganhando e Diogo sendo o vice, ele poderia optar por ser deputado e renunciaria o cargo”.
“Ele bate Nanau, Fernando e Ernesto, vence qualquer um dos três”
M.M.- Quem venceria a eleição hoje?
R.P. – Pelo conhecimento superficial que se diz que tem em pesquisa, Edson Vieira venceria. Ele bate Nanau, Fernando e Ernesto, vence qualquer um dos três. Do jeito que se comenta de um lado, se comenta do outro.
Texto e imagem Marcondes Moreno
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