O Senador Demóstenes Torres merecia minha admiração: inteligente, culto e de atuação pública que se afigurava correta. Continuo respeitando o que ele pregava e endossando as atitudes que o vi adotar no Senado.
Seu envolvimento inaceitável com Carlos Cachoeira exibiu ao Brasil um outro lado de sua personalidade, que me faz cobrar sua punição no Congresso e na justiça. Não louvo a faceta “b” do Senador por Goiás.
Quero justiça, como imagino também querem os brasileiros de bem. Diferentemente do PT, que virou fake de si próprio, ao endeusar seus mensaleiros e ao respaldar, sistematicamente, aliados flagrados em atos de corrupção.
O caso Demóstenes deve ser investigado em toda a sua extensão. Deploro o Presidente da Câmara, Marcos Maia, estar medindo as conveniências políticas de instaurar – ou não – a investigação parlamentar.
Do mesmo modo que fez com a mentirosa e ridícula “privataria tucana”, supostamente capaz de arranhar a imagem de José Serra e do governo Fernando Henrique. Fica a impressão de falta de espírito público, ausência de seriedade intelectual, escassez de coerência e medo do desdobramento dos fatos.
Enquanto o escândalo em torno do Senador Demóstenes polariza as manchetes, o brasileiro mal toma conhecimento de que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, é acusado de improbidade pela Procuradoria da República do Distrito Federal; o PT pediu dinheiro ao empresário que construiu desnecessárias lanchas-patrulha, por encomenda do grotesco Ministério da Pesca, para a campanha ao governo de Santa Catarina da atual Ministra de Articulação Política, Ideli Salvati que, aliás, foi quem pagou a fatura ao dito empresário, quando dirigia a pasta que optou pela negociata e não pelo peixe; um assessor do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aceitou suborno de R$200 mil; novas denúncias surgiram contra o moralmente combalido governo do Distrito Federal.
Do Blog de Ricardo Noblat
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