A noite desta segunda-feira (25/03) foi marcada pela audiência pública
realizada na câmara de vereadores de Taquaritinga do Norte para tratarem
da desocupação das barracas localizadas na entrada da cidade e também
para a apresentação de soluções que pudessem acomodar as pessoas que
comercializam e residem nesta ocupação em terreno público.
Participaram da audiência o Promotor de Justiça Dr. Iron Miranda dos Anjos, o Prefeito Evilásio Araújo, a Presidente da Câmara Rogéria Coelho e os vereadores Geovane, Lukinha da saúde, Eraldo de Pedra preta, Gilson Carlos, irmão Ezequias, Jânio Arruda, João da Banda e Demar, além dos barraqueiros, da imprensa, funcionários municipais e demais populares que vieram assistir a reunião.
Iniciando o Promotor abordou a exigência no cumprimento da Lei Estadual 10.454/90, que fixa como perímetro de segurança escolar o raio de 100 metros a partir do epicentro das unidades de ensino, com o intuito de proteger alunos, funcionários, professores e diretores de pessoas capazes de causar qualquer tipo de violência, tráfico e venda de substâncias nocivas à saúde, durante o funcionamento das escolas. O promotor lembrou que esta já era a terceira reunião realizada para tratar do tema e que embora “fosse um processo doloroso”, este problema vem se arrastando desde agosto de 2011, ocasião onde foi assinado o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê a retirada das barracas que por uma série de consultas ao DER e também do ano eleitoral o termo ainda não tinha sido cumprido.
Além da lei do perímetro escolar, outro agravante é o fato das barracas estarem localizadas em um terreno de propriedade estadual e dentro de uma área denominada de perímetro de segurança, o que já justificaria a retirada das mesmas. Além disso, o Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco (DER/PE) está cobrando urgência na retirada das barracas uma vez que já se encontra em processo de licitação as obras de recuperação do capeamento asfáltico, alargamento das faixas e das banquetas, construção de canteiros e colocação de iluminação no trecho da PE-160 compreendido entre a cidade de Vertentes e a BR-104, numa obra estadual orçada em 25 milhões.
“A área das barracas é pública, o que não dar direito a quem quer que seja de pleitear uma indenização por qualquer benfeitoria ou ação de usucapião. Na condição de fiscal da lei, estou apenas buscando dar cumprimento a uma lei estadual. Tenho consciência que isso atinge os senhores, mais isso vai contra a lei, pois não existe lei que autorize a ocupação de áreas públicas até o momento. Existe o TAC que foi assinado desde 2011 e que todos vocês sabiam. Infelizmente diante da lei, os senhores e senhoras terão que desocupar aquela área”, declarou O promotor Dr. Iron Miranda.
O prefeito Evilásio em seu pronunciamento destacou que procurou ganhar
tempo em busca de soluções junto ao DER/PE, mais agora chegou a hora do
cumprimento do TAC em virtude da lei estadual. “O governo municipal não
pode fazer o ressarcimento de uma coisa pública em uma área que também
não é nossa, pois esta é uma situação completamente irregular. Se não
houvesse esta lei pretendia recuar as barracas para saírem da faixa do
DER e faria ali um polo gastronômico regional, mais lamentavelmente isso
não é possível realizar”, lamentou o gestor.
“Espero que essa situação não seja explorada por quem quer que seja como factoide político, pois estas barracas sairiam em cumprimento à decisão judicial com quem quer que seja, poderia ser até Lula ou Dilma o prefeito que teriam que cumprir esta determinação da justiça. Já determinei que a Secretaria de Turismo estudasse alternativas dentro dos equipamentos de alimentação e veja o que poderá ser feito por estas pessoas e também solicitei que a ação social viabilize o pagamento do aluguel solidário em caráter de urgência para as 3 famílias que residem nas barracas e comprovadamente não tem onde morar”, finalizou Evilásio.
“Espero que essa situação não seja explorada por quem quer que seja como factoide político, pois estas barracas sairiam em cumprimento à decisão judicial com quem quer que seja, poderia ser até Lula ou Dilma o prefeito que teriam que cumprir esta determinação da justiça. Já determinei que a Secretaria de Turismo estudasse alternativas dentro dos equipamentos de alimentação e veja o que poderá ser feito por estas pessoas e também solicitei que a ação social viabilize o pagamento do aluguel solidário em caráter de urgência para as 3 famílias que residem nas barracas e comprovadamente não tem onde morar”, finalizou Evilásio.
Sequenciando, o vereador Janio Arruda sugeriu que o Ministério Público
dilatasse mais o prazo até que a prefeitura encontrasse uma solução para
acomodar os barraqueiros, uma vez que como não houve ainda o
cumprimento do TAC se pudesse esperar mais um pouco, lembrando também
que é a favor da retirada das barracas e sugerindo ao prefeito que
fizesse como em Vertentes, onde houve a retirada e os barraqueiros
ganharam quiosques padronizados e como vai ser feito pela atual gestão
de Santa Cruz do Capibaribe, da qual apresentou matéria referente ao
projeto semelhante. Janio sugeriu também que se aproveitasse o campo do
Jucá para fazer um terminal rodoviário e também o pátio de eventos do
município, conforme requerimento já apresentado pelo vereador Gilson
Carlos, e lá implantasse um polo de gastronomia contemplando os
barraqueiros.
O promotor aparteou o vereador e foi muito enfático em seu
posicionamento: ”Existe um TAC assinado, existe uma lei sobre isso e o
Ministério Público e a prefeitura não podem ficar condicionados a
nenhuma exigência, pois a ocupação da área é irregular. Sei que o
prefeito vai cortar na própria carne, mais a lei está aí e vai ser
cumprida, sob pena de multa diária de 3 mil reais e outras sanções
administrativas”, destacou.
Os vereadores Gilson Carlos, Demar e João da Banda também debateram o
assunto apresentando soluções, entre as quais foi destacada a ideia do
pátio de eventos de Gilson Carlos, também destacaram a obrigatoriedade
no cumprimento da lei e solicitaram do Prefeito a busca de soluções para
acomodar os barraqueiros que tem até o dia 31 de março para efetuarem a
desocupação da área e retirarem os seus materiais.
Assessoria de Comunicação Prefeitura de Taquaritinga do Norte
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