Política
é um jogo de interesses. Todo mundo sabe disso. Quando Miguel Arraes voltou do
exílio, em 1979, foi recebido por mais de 60 mil pessoas num comício em Santo
Amaro. Quem organizou tudo foi Jarbas Vasconcelos, seu grande aliado e
liderança em ascensão no Estado, enfrentando a ditadura, junto com Marcos
Freire e outros “sem ódio e sem medo”.
Em
1992 os interesses de Arraes e Eduardo Campos, então muito jovem, foram
contrariados. Jarbas não aceitou a indicação do “menino” para vice e tomou o “caminho
da perdição”, para usar aqui a expressão do avô do governador atual, naquele
tempo.
Viraram
inimigos ferrenhos e participaram das disputas em Pernambuco em campos opostos.
Jarbas se uniu ao PFL (que ele chamava de pefelê) e humilhou Miguel Arraes na eleição de 1998, quando o
velho cacique tentava a reeleição.
O
troco seria dado por Eduardo, em 2010, quando bateu Jarbas Vasconcelos na
disputa pelo governo por uma diferença escandalosa.
Jarbas
não gosta de Lula nem do PT. Eduardo quer ser presidente da República e pra
isso precisa tirar os petistas do Palácio do Planalto.
Daí,
que os dois, com os interesses coincidentes, estão amigos de novo, esquecendo
todas as rusgas de mais de 20 anos.
Na
casa do senador, no Recife, estavam lá nossas principais lideranças: Jarbas que
preparou o seu famoso cozido, o prefeito Geraldo Júlio, o governador Eduardo
Campos e o senador Armando Monteiro.
A
comida devia tá gostosa e os interesses para 2014 são mútuos. Se chegarem a um
acordo Eduardo sai candidato a presidente, apóia Jarbas para se reeleger
senador e Armando para o Governo de Pernambuco.
Caso aconteça algum acidente de percurso, um desentendimento, eles voltam a brigar, não tem problema. É o vai e vem da política...
Caso aconteça algum acidente de percurso, um desentendimento, eles voltam a brigar, não tem problema. É o vai e vem da política...
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