Janeiro marca o início da estação chuvosa no sertão de Pernambuco e é preciso instalar as cisternas a tempo de armazenar a água que cai do céu para atravessar o período de escassez que sempre vem depois.
Em Pernambuco, os nossos repórteres encontraram problemas no uso de um sistema de proteção contra os efeitos da estiagem. Muitas cisternas, que deveriam armazenar água durante o período de chuvas, foram instaladas em lugares irregulares.
Em Ipubi, no Sertão de Pernambuco, 608 famílias se cadastraram para receber uma cisterna. Dona Raimunda Maria de Jesus espera o reservatório há um ano. Enquanto isso, ela conta com a solidariedade do vizinho para matar a sede dos sete filhos.
“Tem dia que meus filhos não vão nem pra aula por causa da falta d’água”, conta.
As famílias têm pressa. Depois de um longo período de seca, a temporada de chuvas está pra chegar. Janeiro marca o início da estação chuvosa no sertão de Pernambuco e é preciso instalar as cisternas a tempo de armazenar a água que cai do céu para atravessar o período de escassez que sempre vem depois.
Cada cisterna custa cerca de R$ 5.800 e pode armazenar 16 mil litros de água. Só as famílias da zona rural, com renda muito baixa e que não têm outra cisterna poderiam ser beneficiadas. Mas enquanto muitos não têm água em casa, encontramos várias das novas cisternas instaladas irregularmente.
Um sítio já tem uma cisterna de concreto. Mas uma de plástico também foi instalada. Outra cisterna foi colocada numa casa em ruínas.
Em outro terreno, ela está num local onde existe apenas um pequeno depósito. O telhado não tem o tamanho suficiente para recolher a água para a cisterna.
Já outra veio parar na área urbana. A companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e do Parnaíba, responsável pela instalação das cisternas, diz que vai fazer uma vistoria e recolher todas as que foram instaladas em locais irregulares.
“A cisterna será removida e será direcionada a quem de fato necessita. A gente não pode deixar que uma pessoa fique sem acesso à cisterna enquanto outro que já tem condição fique com a cisterna”, declarou Augusto Bezerra, gerente regional de revitalização da Codevasf.
E quanto isso em Taquaritinga do Norte:
Cisterna instalada no meio da rua segundo os moradores da comunidade do Algodão |
Na foto Zeca responsável pela distribuição das cisternas doadas pelo governo, ao lado do vice prefeito Lero. |
Em Taquaritinga a situação não é tão diferente, segundo moradores da zona rural, cisternas foram doadas a quem já tem, simplesmente por ser simpatizante do ex-prefeito Zeca, responsável pela distribuição em Taquaritinga do Norte.
Uma cisterna foi instalada em cima de uma calçada na comunidade do Algodão, e segundo os moradores daquela localidade, o atual presidente da associação, o Sr. Aloísio, que deixará o cargo em Janeiro após ter perdido a eleição para o agricultor Chico Carola, instalou outra no meio da rua segundo os moradores.
Os moradores também afirmaram que o mesmo já possui uma outra cisterna, feita com recursos próprios em sua residência. Cabe agora a oposição investigar todos os casos.
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