Ao ler os brilhantes
artigos escritos pelos amigos Paulo Pereira de Moura Júnior, e Junior
Albuquerque, em seus respectivos blogs, no município de Taquaritinga do Norte,
PE, me chamou a atenção para o seguinte: “a falta de proposta da oposição em Taquaritinga do Norte.”. No início do artigo escreve
Paulo Pereira: “Estudando,
eu entendi que a oposição deve ser para quem está no poder: um estímulo... e
para o interesse comum; fator de progresso!”.
Tens razão
amigo Paulo! Mas isso não serve para nossos políticos. Pelo menos no momento atual.
A falta de
proposta da oposição em Taquaritinga do Norte é decorrente da postura
ideológica que os partidos políticos adotaram no Brasil, quando se
transformaram em grupos fisiológicos a brigar por espaço ou cargos públicos dos
respectivos entes políticos, financiados pelos tributos pagos pela sociedade.
Como sabemos temos
mais de 70 partidos registrados ou em fase de registro junto ao TSE. Evidente
que nem todos estão aptos à disputa eleitoral deste ano que ora se inicia,
estarão nos próximos como o partido da Marina Silva que ocupa vaga no PSB, de
Eduardo Campos, mas não é seu recanto.
Urgente e
necessário que comecemos a lutar por uma reforma política na qual se mude a
mentalidade dos políticos e o eleitor tenha mais responsabilidade na escolha de
seu voto.
Outro fato é que o Pluripartidarismo é um dos
fundamentos do Estado Brasileiro, como uma opção política que deveríamos
defender com afinco, porque corresponde às expectativas de igualdade de
oportunidades e de isonomia política, mas ocorre que os dirigentes partidários
estão usando tal instituto para criar grande quantidade de partidos para
aumentar a barganha política e obter maior espaço nos programas eleitorais. Só
para isso e nada mais.
Política exige
paixão, apego, luta, briga; conflito, guerra, ideologia e ética. Sendo que
estes dois institutos estão de fora de nossa política.
Vejamos o caso
de Pernambuco: Eduardo Campos, do PSB, foi aliado todo tempo ao PT. Não se sabe
o porquê, de repente, o PT não lhe serve mais e resolve ser candidato a
Presidente da República. Sem entrar no mérito se é bom ou não o fato é que, em
Taquaritinga, onde me interessa, a classe política estará unida em torno de
dele, mas dividida no resto.
Mesmo assim, o
não podemos é esmorecer, e não fazer política. Precisamos dela todos os dias e
devemos lutar. Quem sabe um dia nossos políticos poderão a vergonha e aprenderão
que ética não é apenas matéria ensinada nos cursos universitários do Brasil.
Antonio
Martins de Farias é Advogado e filho de Taquaritinga do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, registrar E-mail