Revendo a
memória, lembro-me do momento que vivíamos quando da abertura política do
Brasil com a eleição indireta do Presidente Tancredo Neves, no Colégio
Eleitoral, com o qual o PT não concordou nem votou. O radicalismo deste partido
é congênito. Tudo aconteceu dia de Santo Amaro, padroeiro de Taquaritinga do
Norte.
Consolidada
a vitória, Tancredo Neves fez um belo discurso e conclamou o povo brasileiro a
se manter unido, para vencer mais umas etapas de nossas vidas e a consolidação
da esperança de que àquela seria a última eleição indireta. Espera-se que seja.
E isso depende muito da política partidária a ser praticada.
Quando
nos preparávamos para a posse, repentinamente a morte veio e levou senador
mineiro. Empossado Sarney aos trancos e barrancos levou até o fim o mandato. A
doença e morte de Tancredo Neves têm certas semelhanças com a tragédia que abalou
Pernambuco e o Brasil com a morte prematura de Eduardo Campos.
Com a morte
do presidente eleito, parecia que um terremoto caiu sobre nós. Estávamos sem
líder. O Senhor das Diretas nosso saudoso Ulysses Guimarães, por mais simpático
que fosse não conseguia demonstrar o carisma de Tancredo Neves.
Logo após
o anúncio do episódio perguntaram a um líder do Governo eleito, Pimenta da
Veiga o que seria feito a partir de então e ele prontamente respondeu: "O Brasil
não pode parar e nós temos que continuar." Continuamos. Elegemos uma
Constituinte Originária, que depois de muitos debates promulgou uma
Constituição recebeu o epíteto de Constituição Cidadã. E parou por aí, quando
nos referimos os ganhos sociais.
Houve a
vitória consagradora e amadora do Collor, cuja vaidade parece ter sido sua maior
inimiga. E não paramos por aí. Vencemos a inflação. Reconstruímos e reinserimos
o País no cenário internacional. O Programa de Privatizações, do Presidente
Fernando Henrique Cardoso, contribuiu de forma efetiva para o alcançamos o
nível tecnológico de hoje.
Mesmo que
as conquistas econômicas do Plano Real tenham sido abandonadas pelo Partido dos
Trabalhadores, que institui o Bolsa Família e continua convencido de que nunca
na história deste País houve um governo melhor. Enquanto eles acham que estão
governando o Brasil encaminha-se para o fundo do poço, se igualando à
Argentina, à Venezuela e à Bolívia que ainda vivem um sonho de um romântico
comunismo, cuja promessa é acabar com as desigualdades sociais. Ficamos apenas
com o sonho.
Com a
aproximação das eleições de 2014 surgiu uma terceira via, como gostava de dizer
Eduardo Campos, mesmo muito distante de ser ou representar tal via, ele seria
um candidato para o futuro. Estava se preparando para 2018, quando esperamos
nos livrar do governo do PT.
O momento
é difícil. A morte prematura de Campos nos traz os mesmos sentimentos que
vivenciávamos com a morte de Tancredo Neves, quando em um dos seus discursos
dizia: “não vamos nos dispersar.”.
Assim, a
palavra chave para o momento que vivemos é a mesma pronunciada por Tancredo
Neves. As autoridades política pernambucana e brasileira, mesmo com a
lastimável perda, e enlutadas devem se unir para construir um novo País. Como
disse o próprio Eduardo Campos: “não podemos desistir de nosso Brasil.”. Eu não
vou desistir enquanto existir, pois enquanto existir um advogado existirá a
luta pela liberdade, pela justiça, pela democracia e acima de tudo pela
igualdade.
Antonio Martins de Farias é Advogado
e filho de Taquaritinga do Norte.
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