O Brasil é um Estado desgovernado. A presidente Dilma está acuada, para não dizer sequestrada, no Palácio do Planalto. Olhando-se para ela, percebe-se o quanto é sua angustia.
Ela está presa e não tem quem a defenda, pois Congresso Nacional, que andava esquecido em virtude de que só aprovava as Medidas Provisórias sem pestanejar, sem discutir, em nome da coalizão parece não apoiar mais a Presidente, nem seu governo.
Agora, a Câmara e o Senado estão pondo “os pontos nos is” aprovando Projetos, Leis e Emendas Constitucionais, desde que sejam estas contrárias ao Palácio do Planalto. Como é bom de ver um Senado e uma Câmara atuantes.
Puro engano, pois o que estamos assistindo é uma farsa. O discurso dos presidentes do Poder Legislativo só quer criar uma situação de desgoverno para poder exigir mais cargos públicos para seus partidos e seus aliados. Sou simpatizante do PSDB, desde sua criação, mas discordo frontalmente com a ideia “de quanto pior melhor”, como estamos apregoando.
O fracasso do Governo Dilma é de todos os brasileiros, pois estamos sendo convocados a pagar a conta dos erros do PT. O Brasil, com o escândalo da Petrobras, está parado. A inflação voltou. Já há sinal de desemprego.
E é lamentável ouvir Ministro da Fazenda dizer que o Governo está contando na própria carne. Onde? Ora, com 39 Ministérios e mais sessenta mil cargos no do governo a distribuir entre aqueles que se dispõe a fazer parte da base aliada?
“Cortar na própria carne” significa a redução de empregos públicos que só servem para atender aos interesses de setores específicos. O corte de despesas não pode ser de forma direta, ou seja, sem avaliar os custos sociais. Um exemplo: trancaram os cofres da Petrobras e seus contratados estão despejando milhares de trabalhadores no “olho da rua”, e a imprensa ética só fala de delação premiada. Não estou defendendo ou apoiando que o escândalo da Petrobras seja esquecido, mas é preciso entender que milhares de pessoas estão perdendo o emprego, por falta de visão de nossos poderes.
Assim, não tem jeito. Só resta esperar que os políticos da base aliada e da oposição exerçam com dignidade e respeito ao eleitor que os escolheu para serem seus representantes. Ainda há tempo.
Antonio Martins de Farias é Advogado e de Taquaritinga do Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, registrar E-mail