Corpo do capitão da Chapecoense foi velado na sede social da Ilha do
Retiro, onde vários pernambucanos foram prestar as últimas homenagens
Caixão foi coberto com bandeiras de PE e da Chapecoense (Foto: Aldo Carneiro / PE Press)
A sede social da Ilha do Retiro estava cheia em um domingo. Mas, desta vez, o cunho era outro. No lugar de alegria, tristeza e comoção. A aglomeração era para se despedir de Cléber Santana, cria das categorias de base do Sport. Após o velório coletivo realizado na Arena Condá, na última sexta-feira, o capitão da Chapecoense - que foi uma das 71 vítimas do trágico acidente aéreo - teve direito a uma cerimônia em sua terra natal. No final da tarde, o corpo foi levado ao cemitério Morada da Paz, onde foi cremado à noite.
Centenas de torcedores de Sport, Santa Cruz e Náutico (que trajavam as camisas dos clubes) compareceram. Além de várias outras pessoas com camisas da Chapecoense, do São Paulo e do Flamengo, clubes que Cléber Santana também defendeu ao longo da carreira. Em Pernambuco, ele atuou pelo Leão.
Familiares receberam amigos, torcedores e jogadores no velório, na Ilha do Retiro (Foto: Marlon Costa / PE Press)
Vários ex-jogadores que conheciam Cléber ou atuaram junto com ele compareceram na cerimônia, como o volante Everton (hoje no Central de Caruaru), o ex-meia Nildo (atuaram juntos no Sport em 2003) e o atacante Túlio de Melo, ex-Chape, e atualmente no elenco rubro-negro.
- Peço que a CBF e os outros clubes olhem por essas famílias. Prestem algum tipo de ajuda, porque lá em Chapecó (o atacante também foi para o velório na Arena Condá) eu já fiquei sabendo que existem esposas sem saber como vão pagar as contas. É necessário ajudar quem ficou aqui sofrendo - disse Túlio de Melo.
Grafite foi ao velório de Cléber Santana na Ilha do Retiro (Foto: Daniel Gomes)
A diretoria do Santa Cruz enviou uma coroa de flores para o velório de Cléber Santana, assim como o atacante tricolor Grafite, que, no começo da tarde, também se fez presente na sede da Ilha do Retiro.
- Me solidarizo muito com a perda porque me coloco no lugar da família. Vivemos nesse meio que viajamos muito, deixamos nossos parentes em casa, é muito difícil. Eu tinha uma boa relação com Cléber e quase o fiz estar correndo aqui junto com a gente. Queria trazê-lo para o Santa Cruz e até conversei com ele, mas ele acabou ficando na Chapecoense mesmo. É uma perda enorme - disse o jogador.
O capitão da Chapecoense deixou a mulher e dois filhos, um de 14 e outro de 11 anos, que estiveram no velório. O irmão de Cléber, Cleydson Santana, chegou a passar mal e foi socorrido durante o velório. Os amigos e familiares de Cléber estavam com camisas brancas com a imagem do jogador e o número 88, que ele usava na Chape.
Carro dos bombeiros levou corpo da Ilha ao Morada da Paz (Foto: Aldo Carneiro / PE Press)
No caixão, foram enroladas as bandeiras do Sport, Chapecoense e de Pernambuco. Também foram fixadas algumas fotos de Cléber na época de jogador do Leão. Nascido em Abreu e Lima, no Grande Recife, Cléber Santana tinha 35 anos e estreou como profissional em 2001. Ficou no clube até 2003 e disputou 138 jogos, marcando 25 gols.
Antes do Chepecoense, onde estava há dois anos, ele jogou pelo Vitória, Santos, São Paulo, Atlético Paranaense, Avaí, Flamengo, Criciúma, o japonês Kashiwa Reysol, e os espanhóis Atlético de Madrid e Mallorca.
O corpo de Cléber Santana chegou por volta das 11h30 na Ilha do Retiro e ficou no local até as 16h. Depois seguiu para o cemitério Morada da Paz, na cidade de Paulista, onde foi cremado.
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