O deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), fez um apelo ontem, no plenário da Casa, para que o governador Paulo Câmara (foto) atenda as reivindicações dos policiais e bombeiros militares do Estado. Nesta terça-feira (6), cabos e soldados vão realizar uma assembleia para discutir o assunto e há a possibilidade de decretação de paralisação, em virtude da grande insatisfação que toma conta hoje da corporação.
A bancada oposicionista foi procurada pela Associação de Cabos e Soldados (ACS) para que intercedesse junto à Base do Governo na Alepe na tentativa de a categoria ser recebida pelo governador. Representantes dos policiais se queixam que o Governo do Estado vem descumprindo os acordos firmados com a categoria, que incluem, além da questão salarial, a melhoria das condições de trabalho.
“Quero fazer um apelo para que o Governo do Estado e o governador Paulo Câmara recebam a Associação de Cabos e Soldados na tentativa de construir uma solução para a agenda que eles estão apresentando. Eles reivindicam valorização salarial, reaparelhamento da segurança pública e a melhoria da estrutura do Hospital Militar. São pedidos possíveis de serem atendidos”, relatou o deputado.
Segundo o vice-líder da Oposição, Joel da Harpa (PTN), a insatisfação de toda a Polícia Militar é crescente, por causa da falta de habilidade do Governo. “Com a chegada do novo secretário de Defesa Social, havia a esperança da retomada das negociações de itens que estão pendentes desde a greve de 2014. Já mostramos que é possível discutir de maneira democrática e que o principal beneficiado é a sociedade”, afirmou Joel.
De acordo com Silvio, uma nova greve da Polícia é extremamente prejudicial para a população pernambucana, sobretudo num momento de crescimento generalizado da violência, com mais de 3.900 homicídios contabilizados até o último dia 22, mais de 1.200 assaltos a ônibus e crescimento vertiginoso dos ataques a caixas eletrônicos, que em 2016 vem mantendo uma média de uma explosão por semana. “Os meses de outubro e novembro foram os mais violentos desde o início do Pacto pela Vida e é importante que o Governo do Estado apresente soluções tanto para valorizar a categoria como para diminuir o crescimento da violência em Pernambuco”, explicou.
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