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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Chance de emplacar candidatura federal é de 50%, revela Edson Vieira


Edson terá que renunciar ao cargo de prefeito em 2018, caso decida lançar candidatura. Será a maior ato político/administrativo da história do município

Foto: Elivaldo Araújo (arquivo)  Fonte; Blog de Ney LIma

Em entrevista concedida ao editor deste blog, Ney Lima, o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), falou sobre diversos aspectos associados as Eleições 2018. Como já é de conhecimento, o político vem sendo citado pela imprensa e também nos bastidores como um daqueles com fortes chances de disputar o posto de deputado federal.

Durante a entrevista, Edson falou da possibilidade, sobre como fica sua relação com os deputados Diogo Moraes e Bruno Araújo (atualmente Ministro das Cidades) e também as chances de rompimento com o Governador Paulo Câmara (PSB).

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Manutenção de apoio a Bruno Araújo e dificuldades em apoiar Armando Monteiro mais uma vez

O prefeito foi questionado se ele continuaria seu apoio a Bruno Araújo independente de qualquer cenário para as eleições do ano que vem. Sobre isso, Edson citou que mantém firme seu apoio caso Bruno dispute o posto de Senador ou até mesmo de Governador em 2018, mas caso o ministro opte pela disputa do senado e passe a apoiar Armando Monteiro para governador, ele falou:

“Depois da eleição de 2010, o senador Armando esteve em duas campanhas contrárias ao nosso grupo e isso dificulta uma união. Naquela ocasião, ele teria dito que não se envolveria em questões de política municipal e essa é uma dificuldade que este grupo tem, porque enfrentamos, em duas eleições municipais, os seus candidatos e os derrotando em 2012 e 2016. Não tenho certeza que Armando irá candidato a governador; tenho sérias dúvidas e, ele sendo candidato, temos dificuldades tremendas em apoia-lo dentro de Santa Cruz. Agora se o PSDB e se eu for convocado por Bruno Araújo para sair como candidato a deputado federal (…) se tiver uma aliança estadual do PMDB, com o Democratas e o PTB… Como ficará essa aliança? Eu sendo candidato, tenho que estar em uma coligação. Eu não posso antecipar um fato que não tenho clareza sobre isso”.

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Um recado: “Se Paulo Câmara for candidato a governador e o ministro for candidato a governador, estou com Bruno Araújo”

Nesse ponto, o prefeito citou que ainda se configura como aliado de Paulo Câmara, mas citou fatos que, segundo o mesmo, estremeceram essa relação nos últimos meses. Edson Vieira citou o não repasse parcelas do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) e a falta de uma resposta positiva quanto a problemática da segurança pública, fixando posição sobre quem apoiaria na disputa ao Governo Estadual.

“Tenho projetos dentro da saúde que não recebi o que tínhamos direito do Estado. Tenho dificuldades com a segurança pública e ainda não chegou a resposta positiva quanto a isso. Porque isso está acontecendo? Será que é por conta da minha ligação com Bruno Araújo? Para quem foi aliado de primeira hora com Paulo Câmara, eu estou inquieto com isso, porque não estou entendendo. Sei que o estado passa por dificuldades, mas na minha visão não estou achando correto o que está acontecendo conosco na administração pública. Se Paulo Câmara for candidato a governador e o ministro for candidato a governador, estou com Bruno Araújo” – pontuou.

Questionado o que faltaria para anunciar esse rompimento, o mesmo pontuou a manutenção da união do PSDB com o PSB a nível estadual e que isso caberia de uma análise mais profunda. Edson aproveitou também para falar de recursos liberados tanto por Mendonça Filho como por Bruno Araújo e aproveitou para se queixar da falta de celeridade, segundo ele, nesse ponto pelo Governo Estadual.

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Ausência de Diogo Moraes em suas bases


Segundo Edson, Diogo continua sendo seu deputado estadual na disputa de 2018. O prefeito falou uma reunião futura para tratar das conjunturas no Estado para as eleições e já sobre a ausência do mesmo em suas bases eleitorais (entre elas Santa Cruz), ele disse:

“Eu prefiro deixar mais para que o deputado possa explicar melhor essa ausência e as pessoas tem me cobrado. Mas o que eu tenho falado é o que a sua assessoria tem me repassado, de alguns compromissos na Capital Pernambucana e também fora do estado com representante da UNALE (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais) como secretário e aí o povo tem sentido sua falta. Isso dá margem a que as pessoas posam pensar outra coisa, mas eu também sofro com isso porque as ações do Estado fiquem demorando a chegar aqui, a se concretizar mais rápido e vem a cobrança em cima de mim. Sinto dificuldade já no governo, em poder ter um trânsito maior e sei que isso é por conta dessa questão partidária” – disse.

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E para ser candidato a Federal…

Edson foi questionado sobre a possibilidade de renunciar seu cargo de prefeito para uma disputa a federal. Ele citou que só faria isso com apoio popular comprovado em pesquisas, chamou de um “ato de coragem” em fazer essa renúncia ao Executivo, mas pontuou benefícios a cidade caso concorresse e se fosse eleito.

“Havendo isso, estamos prontos para tomar uma decisão, mas volto a frisar: conversando com nosso grupo; dialogando. É um ato de coragem não resta dúvida, mas de confiança de que, sendo eleito, estará um vice-prefeito assumindo com um grupo que dará continuidade à administração; terá um deputado e, se Deus quiser, um governador aliado, um Ministro e um senador para que a gente possa capitalizar e dar continuidade dos recursos que temos conseguido em Brasília” – frisou.

Já questionado sobre qual o percentual de chances de ele (Edson) ser candidato a federal, já estaria 50% decidido que sim, mas condicionou a concretização desse projeto a pontos: ao povo, ao seu grupo político e também se Bruno vai, ou não, ser candidato a governador; dando assim um prazo. Para ser candidato ao cargo de deputado federal em 2018, Edson Vieira terá que renunciar ao mandato de prefeito. Nenhum prefeito na história do município cometeu ato do tipo.

“Ele sendo convocado, temos aí um flanco aberto e a gente já teve conversas com o Ministro sobre isso para que possamos tomar uma decisão. Eu espero que, a um ano da decisão, espero que nesses 120 dias possamos ter uma claridade maior” – concluiu.

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