Representante do Agreste na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) levou à tribuna da Alepe sua preocupação com o andamento das obras da Adutora do Agreste, que estão ameaçadas de interrupção devido ao baixo repasse de recursos por parte do Governo Federal. Na última quinta-feira (30), o socialista criticou a atuação da gestão federal, lembrando que vários pernambucanos atuam em importantes ministérios, o que não garantiu a celeridade da obra.
O deputado falou após obter informações do presidente da Compesa, Roberto Tavares. Nesta quinta-feira, a imprensa estadual abordou a possível paralisação das obras da Adutora, que tinha previsão de levar água para 81 localidades. “O que acontece hoje é que, dentro dos R$ 360 milhões que foram pactuados para esse ano, só foram repassados um total R$ 67 milhões”, destacou, lembrando que ainda faltam mais de R$ 560 milhões para a conclusão da obra.
Diogo Moraes repassou a informação obtida com Roberto Tavares de que a dívida do Estado com as empresas que executam a obra já chega a R$ 50 milhões e que, por isso, as obras correm o risco de serem interrompidas por parte das executoras do serviço, já que o Governo Federal não está repassando o que havia sido pactuado. O parlamentar lembrou, ainda, que um esforço foi feito pela bancada de deputados federais, que destinaram emendas no total de R$ 164 milhões para a conclusão da obra. “Esse valor foi reduzido a R$ 113 milhões e a gente está vendo a hora de não vir um centavo para esta obra. As próprias empresas mandaram um ofício dizendo que iriam paralisar”, disse, em tom de preocupação.
O parlamentar também abordou o fato de integrantes do Governo Temer estarem criticando a atuação do governador Paulo Câmara e que, no entanto, não viabilizaram recursos para a conclusão de uma obra tão importante para o Agreste pernambucano. “No ano que a gente tem o maior número de ministro é também o ano com menor repasse para a maior obra hídrica do Agreste. E são ministros agrestinos. Eles querem que continue o sofrimento do povo nordestino, que o povo passe sede comprando água em carro-pipa”, disse.
Diogo Moraes finalizou o pronunciamento dizendo que ações importantes como esta não podem ser usadas politicamente. “Eu sei que isso é politica, mas a Adutora do Agreste não é política baixa. É política alta para tirar o povo da sede. Eles fazem rondas pelo Agreste, falando mal e achando bom a não concretização de uma obra como esta”, alertou.
Foto: Roberto Soares/Alepe
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