O governo federal determinou que um grupo de trabalho envolvendo diversos ministérios comece a atuar para conter a tragédia humanitária que atinge indígenas Yanomamis.
Nos últimos anos, as comunidades vêm sofrendo com a presença do garimpo ilegal, falta de comida, contaminação da água e o descaso ao longo da gestão de Jair Bolsonaro (PL)
Publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o decreto institui 90 dias para os trabalhos da chamada Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami.
Segundo o texto, o comitê tem 45 dias para apresentar um "plano de ação estruturante" com respostas à crise.
O governo informou que pelo menos 570 crianças morreram de desnutrição, diarreia e outras causas evitáveis nos últimos anos. Somente entre os dias 24 e 27 de dezembro foram três óbitos registrados. Em 2022 foram mais de 11,5 mil casos de malária entre os povos.
Em paralelo à criação do comitê, o Ministério da Saúde declarou estado Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional nos territórios Yanomami. A pasta criou também o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE – Yanomami), sob responsabilidade da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI).
O grupo vai atuar em campo, mas também na mobilização de recursos e na articulação entre estados, municípios e o Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Brasil de Fato
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