Temos o doloroso dever de comunicar que a fábrica da Philips, instalada ha mais de 40 anos no bairro industrial do Curado, trocou o Recife pela China, deixando, pelo menos, 500 funcionários sem postos de trabalho. Do dia para noite, de exportadores para grandes mercados consumidores, transformamo-nos em importadores. Os produtos, antes fabricados aqui, agora nos chegarão como “made in China”
A Royal Philips Electronics da Holanda chegou ao Recife em 1967
A Philips, uma das fábricas mais antigas de Recife, fechou as portas na tarde desta sexta (10). A fábrica funcionava há 43 anos no bairro do Curado e o fim das atividades resultou na demissão de 500 funcionários.
Desde novembro a empresa anunciou o fechamento da sua unidade no Recife, que produzia lâmpadas, equipamentos de telefonia e sistemas integrados de comunicação.
A Philips optou pela China, possivelmente por menos carga tributária, custo de mão de obra mais barata, melhor produtividade e distância de Sindicatos.
Desde novembro a empresa anunciou o fechamento da sua unidade no Recife, que produzia lâmpadas, equipamentos de telefonia e sistemas integrados de comunicação.
A Philips optou pela China, possivelmente por menos carga tributária, custo de mão de obra mais barata, melhor produtividade e distância de Sindicatos.
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Em 2008, a empresa chegou a anunciar a assinatura de um protocolo de intenções durante visita do governador Eduardo Campos à sede da Philips, na Holanda. O acordo previa investimento de R$ 20 milhões e geração de 200 novos empregos diretos na fabricação de lâmpadas de baixo consumo de energia. Eduardo integrava a comitiva do presidente Lula, que estava em viagem oficial àquele país.
Apesar de se ter oferecido inúmeros incentivos fiscais e facilidades e o protocolo ter sido assinado em Amsterdã, na Holanda, pelo governador Eduardo Campos e o presidente mundial da Philips, Gerard Kleisterlee, o projeto jamais saiu do papel.
A Philips se comprometeu a pagar cursos de especialização para que os funcionários dispensados – a maioria treinados durante anos, em fabricar exclusivamente os produtos da Philips - possam concorrer a uma vaga em outras empresas do estado.
Segundo o site da “pe360graus”, “alguns dos 500 funcionários demitidos estão com medo quanto ao seu futuro profissional. “O medo da gente é não ser reabilitado em outra empresa por problema de idade. O temor é grande” – afirmou, por exemplo, Josenildo Alves, um dos que perderam o emprego com o fechamento da fábrica.
A Philips de Pernambuco, por muito tempo, liderou o mercado latino-americano de lâmpadas automotivas e canhões eletrônicos para aparelhos de TV. Metade da produção de lâmpadas era exportada para países como Estados Unidos, México, França e Japão, pelo Porto de Suape, que agora servirá de porta de entrada, dos produtos que fabricávamos agora originários da fabrica chinesa da Philips.
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