Pouco importa que o PSDB negue apoio a Tony Gel para ser o futuro líder da oposição na Assembleia Legislativa. Ele será de fato essa liderança por pelo menos quatro razões, a saber. Primeira: é a principal liderança do DEM na principal cidade do interior do Estado que é Caruaru. Segunda: sua mulher, Miriam Lacerda, foi a candidata a vice na chapa de Jarbas Vasconcelos. Terceira: tem facilidade de se expressar dada a sua experiência de radialista. Quarta: quer ser esse líder.
Ele não terá o apoio do PSDB porque entrou em atrito com o senador Sérgio Guerra, que é o líder desse partido em Pernambuco. O senador não o perdoa pela quebra do acordo mediante o qual deixou de apoiá-lo para a Câmara Federal para abraçar a candidatura de Augusto Coutinho. Isso incompatibilizou o tucano não apenas com o ex-prefeito de Caruaru, mas com toda a direção do DEM, da qual ela guarda distância regulamentar. Além disso, o desejo do PSDB é não se alinhar ao PMDB-DEM.
Tony Gel pode até não fazer aquilo tipo de oposição que a deputada Terezinha Nunes fez ao atual governo, mas será inevitavelmente a principal voz oposicionista na Casa de Joaquim Nabuco, ainda que o seu partido tenha apenas dois parlamentares: ele próprio e Maviael Cavalcanti. A outra alternativa seria o jovem deputado Daniel Coelho, do PV, mas ele perdeu as condições políticas depois que a maioria da executiva do seu partido decidiu na última terça-feira integrar a base governista.
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