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sábado, 23 de abril de 2011

ENTREVISTA

A entrevista desta semana é com o ex-deputado federal pelo DEM André de Paula. Ele saiu do DEM para presidir o PSD conhecido como partido de Kassab. Na entrevista abaixo, André detalha o que lhe fez entrar no PSD. Explica porque o partido não pode ser governo ou oposição e prevê que a sigla estará estruturada em dois meses. 
Sem mandato – não conseguiu ser reeleito em 2010, obteve 63 mil votos – deixou o DEM, partido que dirgiu por 17 anos e pelo qual militou por 30. A saída do antigo PFL, ele garante, nada tem a ver com a recente derrota.


1 - O que lhe levou a aceitar o convite de Kassab?
Uma opção pessoal que diz respeito a uma projeção futura, de vida pública. Meu projeto politico nesse momento tem uma sinergia muito grande com esse desafio de construir um partido novo em Pernambuco.
Desde que entrei na vida pública sempre tive como característica uma vida muito intensa do ponto de vista partidário. Dirigi o partido (ex-PFL) na juventude, por 17 anos presidi o PFL.
A minha passagem pelo governo do estado me deu uma profunda intimidade com as lideranças, no interior. Considero que tenho hoje uma grande facilidade em atuar para tornar esse projeto viável. Tenho condições de contribuir de forma decisiva para construção desse novo partido.
Nele estão lideranças que, na sua ampla maioria, vieram do DEM, a exemplo de Kassab, de Kátia Abreu, de Eduardo Isar, de Guilherme Campos, de 11 deputados federais que estão envolvidos com esse projeto. Portanto me sinto à vontade dentro do PSD.

2- A decisão tem a ver com alguma mágoa com o DEM ou insatisfação por conta da sua não reeleição em 2010?
Quem me conhece sabe que não faço política com ressentimento, com mágoas. Ao contrário. Até porque não tenho razão para isso. Eu tenho amizade sólida com Mendonça  (Filho, deputado federal e presidente estadual do DEM) e com todos os que intregram o DEM. Do ponto de vosta nacional, tenho
um grande amigo que é Rodrigo Maia (deputado ex-presidente nacional do DEM), amigo pessoal e que admiro. Mas a escolha foi muito pessoal. Levei em conta o meu projeto político, a importância que esse convite tem para o momento que eu vivo, a valorização que eu tive por parte das lideranças do PSD, a insistência com, que eu fui coinvidado… Esse processo foi iniciado há 60 dias. Fui convidado três vezes e só admiti conversar com o prefeito Kassab a semana passada. Então, me senti valorizado, estimulado e a opção foi feita por isso. Saio do Democratas com grande número de amigos. Tenho grandes amigos lá. Só tenho amigos lá. Se eu não tive êxito na minha pretensão eleitoral no ano passado a única razão foi a falta de votos. Se tivesse mais votos, seria deputado. Faltaram votos para que eu chegasse. Mas eu não atribuo (a derrota) a nenhuma falta de apoio ou a algum gesto de hostilidade por parte do patido.
Pelo contrário. Tive muito cuidado de colocar essa questão para Marco Maciel e para Mendonça.

3 - Então, tudo já foi conversado?
Conversei com Dr. Marco, com Mendonça e estou procurando conversar com Rodrigo Maia, que nesta semana não estará em Brasília. Mas, com certeza, conversarei com ele. Vou colocar as razões que me levaram a deixar o partido e que não dizem respeito à relação extraordinária que tenho com meus amigos do partido.
   
4 - Qual será o seu papel?
Aceitei o convite para coordenar o processo de construção partidária e isso veio com o convite para presidir o partido a partir do momento que ele seja formalizado. O partido ainda não existe e a gente vai trabalhar para construir do ponto de vista legal. A gente está com um calendário que, se presume, no
mais tardar, no final de junho a gente já tenha atingido as 500 mil adesões necessárias no Brasil inteiro. E também todos os pre-requisitos legais para dar o ingresso, obter o registro definitivo e começar a trabalhar os diretórios municipais, operar do ponto de vista concreto o partido.

5 - Como foi o clima da conversa com Mendonça e Maciel?
Foi uma conversa cortês, civilizada, amistosa. Uma conversa entre políticos. As razões que eu coloquei para eles deixaram claro que essa opção que não dizia respeito à insatisfação, como, por exemplo, que eu queria mais espaço no partido. Não tenho essa pretensão. Ambos, tenho a sensação, entenderam que foi uma decisão, repito, absolutamente de ordem pessoal que eu e meu grupo tomamos. As pessoas que se sentiam representadas pelo meu mandato, que sempre me apoiaram, participaram dessa decisão. Ao longo da última semana ouvi todos e o grau adesão a esse projeto foi de 100%. Nunca vi isso na minha vida. Isso me deixou surpreendido. Todos entenderam, me incentivaram e me estimularam.

 6 - O PSD é próximo do governo Dilma e aqui no estado está ligado ao governador Eduardo Campos. O senhor se sente constrangido de, após décadas integrando um bloco que faz oposição, tornar-se governista?
Primeiro: o processo de fusão (especula-se que PSB e PSD se fundirão) está descartado porque seria um contrasenso para o PSD como para o PSB. O partido (PSD) passou a ter uma dimensão até então não esperada. Está muito além do que imaginávamos. O grau de adesão é alto. Temos hoje um espaço político que nos estimula a consolidar essa nova legenda. Então, isso é uma coisa descartada.
Ponto dois: Em relação à presidenta Dilma Rousseff o que acontece é que, na medida em que a base que tomou uma amplitude maior do que a que imaginávamos… Temos hoje adesões que não são apenas da oposição, do Democratas, do PSDB e do PPS. Temos parlamentares do PC do B, do PR, do PP. Isso faz com que nós percebamos que não é possível ter uma posição ou de apoio ao governo sistemática, como tem um partido que esteve ao lado ou contra nas eleições. Nós não existíamos nas eleições. Portanto, precisamos conciliar essas duas posições. Alguns companheiros fizeram dos compromissos da presidente Dilma os seus compromissos. Estavam ao lado dela. Outros, como eu, pugnaram no campo
oposto. Torcemos pelo Brasil, estamos dispostos a contribuir com esse projeto. Não vejo nehum constrangimento. Terceiro: em relação a Eduardo, fui deputado estadual com ele. Nunca militei ao seu lado por conta da circunstâncias. Mas isso não me impede de admirar o seu trabalho em favor do estado. E não terei dificuldade de cultivar uma boa relação com ele. Terei tratamento de respeito
com o governador. O PSD não vai fazer oposição ao governador Eduardo Campos. Muitos dos que estão vindo para o partido são da bese do governador, votaram nele. É óbvio que se o PSD tiver essa postura (de oposição) muitas lideranças não se sentiriam confortáveis no partido. Não estou admitindo que será governo. O que queremos é nos colocar a serviço de Pernambuco. A acho que o projeto do PSB pode ajudar muito a Pernambuco.

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