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domingo, 17 de abril de 2011

REFORMA POLÍTICA

                                                                  Dr. Paulo Lima*

Eu não queria escrever sobre este tema. Sei que ele é muito chato. Mas, lendo trechos da entrevista de FERNANDO LYRA publicada no JORNAL DO COMMERCIO, edição de hoje, 17 de abril, tomei a liberdade de fazê-lo, principalmente porque sei que talvez nem mesmo a meia dúzia de amigo(a)s leitores  tenham “paciência” (o termo mais apropriado seria outro, mas, deixa prá lá) para ler este tema, mas, vamos lá.
Gostaria, de antemão, de recomendar a quem gosta de política, como eu, a leitura da entrevista. Você pode ler o JC de hoje tanto no papel como na internet.
            Fernando Lyra, com seus setenta e tantos anos é de uma lucidez impressionante quando fala de política. E ele tem razão em tudo que diz, colocações das quais compartilho plenamente.
            Tenho certeza de que essa reforma política não vai sair do papel, mas alguma coisa precisa mudar em nosso sistema político. Do jeito que está fica cada dia mais difícil  fazer política com seriedade em nosso País, uma vez que não temos partidos e sim, pessoas com os seus interesses pessoais, com perdão da redundância.
Então, porque não mudar pelo menos um pouco esta estrutura que aí está, que já não se sustenta mais de tão podre?
Acho que uma boa solução seria acabar com as coligações, que não servem para mais nada a não ser eleger candidatos com meia dúzia de votos. Todos sabemos que esta realidade existe até aqui em nossa região. Medida urgente e salutar seria instituir o voto majoritário em todos os níveis, ou seja, de vereador à presidente. Deste modo somente iria ser eleito aquele que tivesse votos de verdade e não votos emprestados. Outra medida importante que deveria ser adotada, seria permitir candidaturas avulsas. Esta medida, por cento, poria um freio na criação de partidos de aluguel, que, aliás, não se diferenciam muito dos chamados grandes partidos. Ora, em verdade, conforme diz FERNANDO LYRA, nós não temos partidos de verdade mas de pessoas. Se é assim, com a instituição do voto majoritário em todos os níveis e com a permissão de candidaturas avulsas, que possibilitariam qualquer um se candidatar sem precisar de um partido político, certamente dar-se-ia oportunidade de se criar novos líderes.
A este propósito, parafraseando o articulista político poderia indagar: fora ZECA COELHO e JÂNIO ARRUDA, quais foram as lideranças políticas que surgiram em TAQUARITINGA DO NORTE nesse últimos vinte ou trinta anos? É que, até o momento quando queremos falar em liderança política sempre lembramos estes dois nomes já que, em verdade, EVILÁZIO nada mais é do que o “poste”, politicamente falando, já que foi imposto por ZECA. E digo isto porque embora ele não goste (e graças a Deus não vai ficar com mais raiva de mim pois  sei que não lê o que escrevo) ouso dizer que a eleição de EVILÁZIO não o tornou um líder em Taquaritinga, como todos nós sabemos, porque foi produto da vontade de ZECA. E sua candidatura nem mesmo era vontade do chamado “Grupo Calabar”. Aliás, aqui vai outra pergunta: este grupo ainda existe, como foi ideologicamente concebido?
É por isto que, embora não acredite que venha a se concretizar esta reforma política, gostaria e torço imensamente para que o Congresso Nacional aprove pelo menos estes tópicos aqui referidos.   Já seria um bom começo.

Um abraço a todos.

*PAULO ROBERTO DE LIMA  é  graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de  Procurador  Federal.

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