Dr. Paulo Lima*
Começo este artigo com esta exclamação, proposital: o que é a política!
Confesso sinceramente, e aqui dou a mão à palmatória, que não acreditei quando o nosso amigo JÚNIOR ALBUQUERQUE divulgou em primeira mão no seu conceituado blog que o Deputado Federal ANDRÉ DE PAULA estava de malas prontas para ingressar no PSD, mais conhecido como o partido do KASSAB. É que havia lido naquele mesmo dia 17, domingo, não lembro se no Commércio ou no Diário, uma matéria onde o nosso amigo deputado negava que estivesse em negociações para mudar para o PSD. E justificava a sua negativa em razão das profundas raízes que tinha com os lideres políticos do partido, dentre os quais destaca-se o velho e respeitável Senador MACIEL.
A questão é que ainda não aprendi que em política não existe nunca nem jamais e confesso que costumo quase sempre acreditar no que os jornais dizem. Ainda vou pagar caro por esta minha ingenuidade.
É que em verdade, não raras vezes sou pego de surpresa com estes fatos políticos, pois embora goste muito de política tem ocasiões que me sinto tal qual marido enganado: o último a saber. Não é que eu queira saber de tudo por antecipação, mas deveria saber que um quadro como ANDRÉ DE PAULA não é de se desprezar e mais uma vez o nosso representante estadual, aspirante a futuro Presidente da República, faz um gol de placa ao trazer para o seu lado este grande homem. André merece. Mas, numa coisa eu acertei quando falei em artigo escrito há alguns meses atrás, mais precisamente no dia 04 de novembro de 2010, que o DEM estava acabando. Em verdade este palpite não foi grande coisa pois era isto mesmo o que se deveria esperar de um partido que já nasceu velho. E não quero que pensem que estou “jogando pedra em cachorro morto”, com perdão do termo, mas o DEM há muito havia cumprido o seu papel. Tinha mesmo é que caminhar para a extinção. (Lá vou eu, mais uma vez, a querer profetizar o que ainda não aconteceu).
Enfim, todos temos o nosso tempo, já dizia o poeta. ANDRÉ ainda é muito jovem.
Tem todo o tempo que precisar para ir longe.
Todos sabemos (refiro-me a meia dúzia de amigos que me lêem) que até há alguns dias atrás eu era filiado ao DEM mas, de logo acrescento que nunca tive qualquer afinidade com este partido. A minha filiação decorreu de minhas afinidades pessoais. Mas uma coisa eu garanto: nunca mais vou me filiar a um partido que não tenha em seu histórico, ao menos um pouco da ideologia com a qual comungo. Não que isto seja grande coisa pois os nossos partidos políticos, como sabemos, não têm nenhuma ideologia, a não ser a busca do poder pelo poder, mas ao menos vou me sentir confortável com a minha futura opção.
Para justificar estes escritos, finalizo esclarecendo que são tão somente um testemunho e uma constatação de que em política, como na vida, nada deve nos surpreender, pois, afinal, o que é a vida!
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
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