Dr. Paulo Lima* |
Nos últimos dias temos nos deparado com cenas lamentáveis, seja em frente à televisão, seja quando abrimos os jornais.
Não estou falando da violência que já está fazendo parte do nosso cotidiano, apesar do tão propalado pacto pela vida. É que, como diz um ditado popular, de boas intenções o inferno está cheio.
Na verdade estou me referindo às cenas e as atitudes lastimáveis de um Ministro de Estado, que, não obstante ter sido pego com a boca na botija, mais precisamente, tirando vantagens do relevante cargo que ocupa, se recusar a deixar o cargo, a ponto de, como bem dito por JÚNIOR ALBUQUERQUE, estar prestes a ser expulso do cargo com vassouradas pela Presidente DILMA, como fazemos com um sapo cururu no inverno aqui em nossa região.
Por falar em JÚNIOR ALBUQUERQUE, gostaria de aproveitar este espaço para agradecer a bondade e o gesto de solidariedade manifestado por ele, em seu blog e agradecer, também, aos amigos ALBERES XAVIER, MARCONDES MORENO, BRUNO CINTRA e tantos outros, que, alem da bondade que têm em ler os meus artigos, ainda divulgam em seus canais de comunicação. Por esta extrema bondade e deferência o meu muito obrigado.
Mas voltemos ao tema.
Vocês, que me lêem, por certo devem estar pensando que cenas como esta são perfeitamente normais no nosso cotidiano político, pois o que mais se vê são homens públicos, muitas vezes sendo humilhados e mesmo assim continuam fazendo de tudo para permanecer no cargo, como se fosse a coisa mais importante da vida.
Me desculpem os que pensam desta forma, mas acho que a dignidade e a honradez de um homem - como diz a propaganda do cartão master card - não tem preço!
E acredito que o grande problema da política seja justamente esse.
Pessoas que por apego ao cargo são capazes de vender a sua alma ao diabo, ou melhor, prefeito. Alguns de vocês sabem a quem estou me referindo.
E daí pergunto eu: onde está a dignidade dessas pessoas, que são capazes de se vender por tão pouco? Será que é tão pouco mesmo, perguntariam vocês; e respondo, dignidade não tem preço!
Quero dizer, de logo, que não pretendo ser o “chicote da verdade” - como disse há poucos dias um certo prefeito, nosso conhecido - nem tampouco costumo, quando vou ao rádio, tal qual pai de santo, receber uma entidade do outro mundo para me travestir na palmatória do mundo.
Absolutamente não!
Apenas acredito que nós, homens públicos que gostamos da política, temos a obrigação, o dever moral, de dar a nossa parcela de contribuição para fazer com que ela deixe de ser, no dizer de um grande amigo meu, “um roçado de cabras-safados”!
Sim, pois uma pessoa que vende ou troca a sua dignidade por um cargo de confiança ou por uns trocados, não merece ser chamada de político, muito embora este termo esteja sendo usado, no mais das vezes, como sinônimo de safadeza. Cabe a nós corrigir estes equívocos.
Eu, particularmente, não gostaria de subir num palanque ao lado de uma pessoa dessas. E certamente nas próximas eleições estarei num palanque ao lado de um homem de bem, de um homem de bem, é bom repetir.
Espero que estejamos lá, todos juntos, fazendo com que a política de nossa região seja uma coisa melhor.
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
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