Dr. Paulo Lima*
Há pouco escrevi um artigo e já senti necessidade de escrever outro. Às vezes acontece isto. É a inspiração. (Vejam como estou convencido, e inspirado). Acredito que o ano novo nos leva a refletir sobre a vida e a importância dos gestos, por menor que sejam. Aliás, sempre disse que os gestos falam mais que as palavras. Esta frase não é minha, mas é a pura verdade, creiam.
Agora comecei a lembrar dos meus amigos e o que aconteceu comigo em 2011. Realmente, como já disse com outras palavras,em outro artigo, amizade é como o cartão “Ourocard”: não tem preço. Não acredite nisso, você que me lê. Se quiser tirar a prova dos nove, deixe de pagar o seu cartão de crédito que você vai ver o preço de sua inadimplência, ou na melhor das palavras,”você vai ver o que bom prá posse”.
Mas, confesso, eu estava devendo estas palavras aos meus amigos. Sinceramente. Amizade não tem preço!
Tanto isto é verdade que existe um ditado popular, que diz que se você quiser listar os seus amigos, eles não cabem nos dedos da mão. E é verdade. Vejam vocês que até Jesus Cristo não conseguiu, sequer, superar esta marca, eis que foi traído por dois de seus doze apóstolos.Somente sobraram dez. João o negou por três vezes e Judas, bem, Judas o traiu com um beijo na face. Mas, pergunto eu: será que, realmente, sobraram dez? Acredito que não. Nunca teremos a resposta.
Mas, este artigo escrevo em homenagem aos meus poucos amigos. E é assim mesmo.
Já pensou se você tivesse amigos que superassem os dedos da mão? Você seria uma pessoa abençoada. É que, realmente, amigos verdadeiros são muitos valiosos. Mais valiosos que o mais puro diamante extraído das entranhas da terra. Tão valiosos que não podem, sequer, ser comparados ao mais valioso dos diamantes. Diamantes valiosos existem às dezenas. Amigos, não. Amigos não cabem nos dedos das mãos. Eu tenho alguns amigos e por isto posso dizer que sou uma pessoa abençoada, um homem feliz. E rico.
Não gostaria de declinar nomes, mas seria uma injustiça se não fizesse referência a alguns deles. Lá vai: “Zé Maria”, Rose, “Justino”, Manoel Moraes, Bernadete, oh, minha querida“Berna”, como costumo dizer, quanta saudade do meu amigo ”Luiz Fernando”...
Engraçado, nunca o tratei pelo seu nome. Sempre o chamava pelo seu nome de família:“Figueirôa”. Ele era, acima de tudo, um homem de bem. Gostaria de um dia ser tachado com este adjetivo: um homem de bem. Acredito que talvez venha a merecer.
Não é que não tenha mais amigos do que estes que listei. Mas, como já disse, amizade não tem preço. E como costumo dizer: você não gosta “por isto” ou “por aquilo”. Você simplesmente gosta. Gosta de graça! Eu gosto dos meus amigos. E os meus amigos são valiosos para mim, e acredito que também gostam de mim e isto é muito valioso. Vale mais que tudo na vida!
Afinal, amizade não tem preço.
É por isto que são tão poucos. Se fossem muitos eu seria milionário, no bom sentido, claro.
Você, que me lê neste momento e que não foi citado, não pense que lhe esqueci. É que não gostaria de ser repetitivo e cansativo. Escrever, no mais das vezes pode ser uma atividade cansativa e, como costumo dizer, amizade vale ouro; não o “Ourocard”, do cartão.
E se você, que me lê, conseguir contar mais amigos que os dedos da sua mão saiba, meu amigo, você é uma pessoa afortunada.
Tenhamos todos um feliz 2012 e que Deus nos proteja.
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
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