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domingo, 25 de março de 2012

PALAVRA DADA, DEVE SER CUMPRIDA!

          Dr. Paulo Lima*

 Quando criança costumava ouvir o meu avô falar, que, no seu tempo de moço tinha visto várias vezes pessoas, suas conhecidas, fazerem acordos, negócios, onde se empenhava um fio de bigode para simbolizar que aquele acerto não seria desfeito jamais. E era verdade.

Foi assim, neste ambiente, que cresci, aprendendo que a palavra empenhada  vale mais que mil escritos. Hoje, infelizmente, vemos que não é assim, a ponto desta distorção moral servir como regra para os acordos políticos. É uma pena.
Sem falsa modéstia, digo que sou um homem de palavra e desafio quem me prove o contrário.

Por isto mesmo, sou dos que ainda acreditam que a palavra dada deve ser cumprida, logo eu, que exerço um cargo público na Administração Federal, onde a regra que impera é aquela, que diz, “vale o que está escrito”.
E quem não lembra das “pules” do jogo de bicho, que trazia este bordão  no seu rodapé? Nunca fui de jogar no bicho mas conheço pessoas da minha cidade natal que eram viciadas  neste tipo de aposta. Ainda lembro de “Xóla” (não sei qual era o seu nome de batismo) que passou a sua vida “passando” jogo do bicho. “Xóla” conhecia de cabeça todos os números das placas dos carros de minha cidade, Vertentes e de alguns veículos das cidades vizinhas. Acredito que naquela época não era tão difícil decorar pois não havia tantos carros nas ruas como hoje.

Ainda se joga muito no bicho, em nossa região, atividade, que, ao meu sentir deveria ser legalizada, tanto quanto às apostas da loteria, que, afinal, são do mesmo modo “jogos de azar”, pois dependem da sorte.  
A este respeito, na semana que passou foi ressuscitado aquele documento subscrito por JOSÉ SERRA, em 2004, que, por ocasião de sua candidatura a prefeito de São Paulo firmou um compromisso de que, sendo eleito somente deixaria a Prefeitura de São Paulo ao fim do mandato.
Ele não cumpriu o acordo firmado e renunciou ao mandato que confiantemente lhe foi outorgado pelo povo. Talvez, por isto mesmo, mais de uma vez foi derrotado na eleição para Presidente do Brasil. O povo é sábio. Eu, em boa hora digo que não votei em SERRA; nem na primeira, nem na segunda vez, pois um homem que não tem palavra, que não cumpre uma palavra empenhada, nem mesmo aquela que é lançada numa folha de papel, não merece ser eleito para um cargo público, seja de Presidente da República, seja para prefeito de uma cidade.

E por falar em prefeito, aqui mesmo, bem pertinho de nós, temos gente que não cumpre os acordos firmados. Não quero declinar nomes, pois todos sabemos quem são. Espero, sinceramente, que o povo abra os olhos e não permita que esses “senhores” tentem se perpetuar no poder, elegendo “laranjas” em nome de um projeto pessoal, ou tentando à reeleição, pois não merecem a confiança do povo, já que não têm palavra, nem muito menos, escrúpulos.
É que não existe esta estória de que um acordo político geralmente é feito para não ser cumprido.
Ora, senhores, façam-me um favor!
Acordos são feitos para serem cumpridos, principalmente os acordos políticos, já que são firmados, em princípio, não em nome dos signatários, mas sim e principalmente, em nome do povo, verdadeiro destinatário daquele compromisso assumido. A este propósito, conheço vários homens públicos de nossa região, a quem depositaria cegamente a minha confiança, a exemplo de IVALDO FIGUEIRÔA, OZAIR CAVALCANTI, JÂNIO ARRUDA, “DÉ CUMARU”, JARBAS PINTO e tantos outros que não cabe declinar neste pequeno espaço.

Por isto digo e reafirmo que a política somente deve ser exercida por homens de bem, aqueles que têm palavra, pois, ao meu sentir, a palavra dada deve ser cumprida.
Vamos acreditar nisto e tentar fazer da exceção, a regra, em nome de um projeto maior para as nossas cidades.
Um abraço a todos.

*PAULO ROBERTO DE LIMA  é  graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de  Procurador  Federal.

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