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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Dilma e Eduardo entre tapas e beijos até 2014


2013 é a divisa que pode unir ou separar definitivamente os palanques de Dilma e Eduardo em 2014 – diz a jornalista Marisa Gibson, do Diário de Pernambuco.

Após mais de duas horas de reunião com a presidenta Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse que seu partido, PSB, não quer “eleitoralizar” o debate político brasileiro nesse momento



O comentarista político da Globo News, Gerson Camarotti diz que “Dilma e Eduardo Campos estabelecem trégua em 2013”, deixando as brigas e definições de 2014, em banho Maria.

Para ele, “Apesar da forte desconfiança petista do projeto de poder do PSB, a presidente Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos (PE) estabeleceram uma trégua para 2013”.

”A trégua interessa aos dois lados. Eduardo Campos quer evitar ser alvo de ataques com o lançamento precoce de sua candidatura. Além disso, precisa manter parceria com o Planalto para viabilizar a administração em Pernambuco, e também os demais governos administrados pelo PSB. Já a presidente Dilma precisa de apoio de Campos para atravessar 2013, um ano de dificuldades políticas. Com isso, ficam adiadas definições oficiais sobre a sucessão de 2014.

A respeito Josué Nogueira, transcreve no Blog Político do Diário de Pernambuco o comentário de Marisa Gibson, na coluna Diario Político publicada no Diario desta terça-feira. “Não fora o risco de ver seu projeto nacional sufocado pela onda de apreço da presidente, Eduardo Campos (PSB) pode se considerar em alta”.

“Destaque dos destaques: o governador está sendo conduzido ou induzido a se transformar num sócio privilegiado do governo Dilma Rousseff, sendo ouvido e, por vezes, seguido em suas ideias“.

“Uma situação que, em tese, satisfaz aos dois: se por um lado atribui-se aos afagos de Dilma o receio de ter Eduardo como candidato à Presidência da República em 2014, sendo por isso obrigada a paparicá-lo dia sim dia não, criando condições para prendê-lo com uma parceria administrativa mais efetiva, do outro, o governador, de imediato, só tem a ganhar – 70% dos empreendimentos que estão sendo implantados no estado e no Recife dependem fundamentalmente de recursos do governo federal“.

“Além disso, diante da crise que espalha dúvidas e dívidas em todo o país, em Pernambuco também há uma preocupação sobre como será 2013 do ponto de vista fiscal do estado“.

“E 2013 é a divisa que pode unir ou separar definitivamente os palanques de Dilma e Eduardo em 2014. Apenas com um projeto político em curso, o governador tem muito espaço para ir jogando politicamente, sabendo no entanto que seus caminhos podem se estreitar diante do laço armado pela presidente“.

“Da mesma forma, Dilma, que apesar dos contratempos na economia continua com a popularidade elevada, pode seguir no jogo da sedução política, mas para ganhar esse primeiro tempo terá que mostrar neste ano os resultados do seu governo, que ainda estão engavetados“.

“Aliás, este foi o motivo pelo qual Eduardo colocou a boca no trombone no ano passado, advertindo publicamente a presidente de que, caso não ganhasse 2013, o ano de 2014 estaria perdido“.

“É uma guerrilha política e daqui pra frente será apenas uma questão de perspicácia, astúcia, ousadia e coragem, tanto da presidente quanto do governador“.

Texto de Augusto Nunes 

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