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sexta-feira, 12 de abril de 2013

AÉCIO ATACA PT E IRONIZA PSB

O senador Aécio Neves (MG) oficializou nesta quinta-feira sua candidatura à Presidência do PSDB, mas em tom de candidato ao Palácio do Planalto. Em discurso durante seminário organizado pelo PPS em Brasília, o tucano fez duras críticas ao PT e ao governo da presidente Dilma Rousseff. "No amanhecer de 2014, oferecer ao Brasil proposta clara com nome, sobrenome, projeto e programa que permita aos brasileiros voltar a sonhar, a pensar que é possível ter governo ético, que não se contente somente com isso que aí está", discursou.

 Aécio, que já havia criticado o governo nesta quinta, em evento do PP, organizado mais cedo, aproveitou para mandar recados ao PSB do governador Eduardo Campos (PE). "O PPS não está no divã. Não temos dúvidas sobre qual será nossa postura. Faremos campanha permanente de oposição clara ao governo do PT. Para o Brasil, esse ciclo do governo do PT precisa e deve ser interrompido", disse, sem mencionar diretamente a possibilidade de o PPS apoiar uma candidatura do PSB ao Palácio do Planalto.

Como fez no evento dos pepistas, o senador cobrou apoio do PPS. "O PPS sempre foi, talvez dentre todos, o mais firme dos partidos aliados do PSDB. Me sinto extremamente em casa aqui hoje", disse o tucano, se dirigindo à mesa composta pelo presidente nacional do partido, Roberto Freire (SP). Apesar de ter sido convidado e de o PPS confirmar sua presença, o ex-governador José Serra comunicou na véspera do encontro que não compareceria ao encontro em razão de dores nas costas.
Críticas

Aécio foi o primeiro a discursar no evento e já começou acusando o PT de levar o Estado à hipertrofia. "Grande parte das mazelas e dos graves problemas brasileiros está na fragilização da federação", disse. "Temos inúmeras etapas para serem vencidas, para a propaganda oficial que diz que é possível erradicar a miséria no Brasil por decreto, tenha a mínima correspondência na realidade dos brasileiros", acrescentou.
O tucano defendeu ainda o legado do plano Real. "Não foi o Bolsa Família, mas o Plano Real, o maior indutor de distribuição de renda de nossa história moderna. O Real, pilar fundamental para a construção das outras etapas que vieram a partir dele, hoje está em risco", disse. "A leniência do governo federal no controle inflacionário. Estamos constatando para a população que recebe até 2,5 salários mínimos, e grande parte dos empregos gerados nos últimos anos está nessa faixa, a inflação de alimentos ultrapassou os 14%". 

(Fonte: Brasil 247).

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