Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou hoje (12) ao
Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito para
apurar denúncias envolvendo o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP).
Ele é acusado de difamar parlamentares e de manter assessores em seu
gabinete que não exercem atividade legislativa. O pedido foi distribuído
para o ministro Celso de Mello.
A Procuradoria-Geral da República
(PGR) deu encaminhamento à representação dos deputados federais Jean
Wyllys (PSOL-RJ), Érica Kokay (PT-DF) e Domingos Francisco Dutra
(PT-MA). Eles alegam que o pastor promoveu uma campanha de difamação
contra eles, contando com o apoio de uma agência formada por pastores.
Denunciam, ainda, a contratação irregular de religiosos como servidores
da Câmara dos Deputados.
De acordo com Gurgel, informações
preliminares dão conta de que religiosos da Catedral do Avivamento -
igreja presidida por Marco Feliciano - nas cidades paulistas de Franca,
Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra e Orlândia recebem como servidores
da Câmara sem dar expediente. Eles não foram encontrados nem em Brasília
nem em Orlândia, reduto eleitoral do político.
Gurgel pede uma
série de diligências ao STF, como a oitiva dos pastores envolvidos -
Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e
Wellington de Oliveira - e do próprio Marco Feliciano, a apuração da
situação deles na Câmara dos Deputados, a degravação de mídias pela
Polícia Federal e a identificação e oitiva dos representantes da
produtora Wap TV Comunicações.
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