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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Eduardo Campos e o emblemático sanduíche de mortadela


Depois desse repasto indigesto a candidatura do governador de Pernambuco, a presidente da Republica em 2014, é um fato irreversível
Foto: Eduardo Enomoto/R7
GORDURA TRANS - Eduardo Campos assumido os riscos do gorduroso sanduíche político



O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sempre nega que está em campanha para Presidente, na sucessão de Dilma, enquanto se comporta exatamente ao contrário. A cada dia seu discurso sobe de tom, removendo cautelas ao criticar o governo federal em bombásticas frases de efeito.

Restavam, porém, ainda algumas ínfimas dúvidas. Era como se o prudente Eduardo deixasse sempre na cartola uma possibilidade de recuo estratégico.

Porém, tudo isso foi dizimado com a postura assumida por ele nesse último fim de semana, ao comer publicamente um simbólico sanduíche de mortadela, no 57º Congresso Estadual de Municípios, na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.

Pode-se dizer, que agora é definitivo, o Governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, está em campanha para a presidência da republica do Brasil, nas próximas eleições de 2014, as escancaras.

Tocou as sirenes de alarme nos redutos dos adversários e foi dado o sinal verde definitivo nas hostes de correligionários.

Um dia, vitorioso ou derrotado, será essa imagem, que simbolicamente representará o gesto que o enredou diretamente na disputa. Da mesma forma que ninguém pode esquecer o sociólogo Fernando Henrique, montado num jegue, no interior do Ceará, ou Dilma Rousseff, participando do desfile do Galo da Madrugada, nas ruas do Recife.

Parece que a campanha de Eduardo envereda por um caminho gastronômico de alto risco, semana passada comeu um cozido político na casa de Jarbas Vasconcelos, seguido agora pela mortadela municipalista. O que virá na próxima semana, buchada, mão de vaca, sarapatel?

Eduardo sabe é preciso demonstrar para os adversários que tem estomago de avestruz para enfrentar a campanha eleitoral do próximo ano que se prenuncia feroz.

A pista do simbolismo desse gesto é a constatação de que o sanduíche que cruzou o caminho de Eduardo não foi um pão com mortadela casual. Não se pode acreditar no acaso, num jogo político dessa envergadura. Não foi, pois, um sanduiche espontâneo oferecido por um correligionário, como se tentou fazer parecer. Por que ele se arriscaria, em sã consciência, a degustar, de livre e espontânea vontade um anônimo e indigesto sanduiche, com elevado índice de colesterol e significado político?

Aquele era, na verdade, além de simbólico, um sanduíche cenográfico, uma peça de puro merchandising político. Cada dentada, cada expressão facial, fora ensaiada e programada, sob a supervisão do marqueteiro.

Foi escolhido o “sanduíche de mortadela”, possivelmente, após exaustiva pesquisa, por ser um alimento simples, conhecido nacionalmente e de fácil reconhecimento. O eleitor conhece o sabor e por isso identifica-se com o candidato, ao ver a imagem da degustação.

É provável que Lula, vendo as fotos de Eduardo devorando o sanduíche, percebeu imediatamente o momento histórico do ato e reagiu telefonando para Dilma.

Sugeriu de pronto que a “cumpanheira” tirasse imediatamente a fantasia do Galo da Madrugada, do armário, e ordenasse a João Santana que preparasse algo gorduroso, indigesto e suspeito para ela comer em público.

Consta que Dilma, mesmo pega de surpresa respondeu enjoada: “Eu não já tive que engolir o PMDB de Michel Temer?”

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