O
anúncio de um pacote de R$ 9 bilhões em investimentos para combater os efeitos
da seca no Nordeste não foi suficiente para frear a ofensiva da Associação
Municipalista de Pernambuco (Amupe) contra o governo federal. Só que, desta
vez, o alvo não foi apenas a presidente Dilma Rousseff (PT), mas também o
ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Num indicativo
de que o clima dentro do PSB pernambucano não está a seu favor, FBC entrou na
mira do correligionário e presidente da entidade, José Patriota (PSB).
Alçado
ao comando da Amupe por meio de uma articulação capitaneada pelo governador
Eduardo Campos (PSB), Patriota cobrou do ministro, após a reunião da Sudene, em
Fortaleza, o cumprimento da “promessa” de que haveria um repasse de dinheiro
direto e desburocratizado aos municípios. O desejo era de que o governo federal
seguisse o “exemplo” do governador, criando um fundo de apoio às prefeituras.
A
Amupe tem feito críticas constantes ao governo. Na segunda (1º) aprovou uma
moção de repúdio à decisão da presidente de prorrogar a redução do IPI para o
setor automobilístico. Antes restritos a Dilma, as cobranças se voltaram ao
ministro Bezerra Coelho, que ganhou a desconfiança do meio socialista ao
assumir a linha de frente da defesa do governo federal no momento em que Eduardo trabalha
para viabilizar seu projeto presidencial.
Débora Duque – JC
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