"Garganta Profunda" foi talvez o primeiro grande clássico do cinema pornô. Hoje deve ser encarado como um filme bobo, mas no início dos anos 70 (quando ainda não tinha sido inventado o videocassete) atraiu multidões aos cinemas do mundo todo.
Alguns garantem que rendeu U$ 600 milhões, mas a estrela do longa, Linda Lovelace, não pegou praticamente em nada de toda essa grana.
A vida de Linda foi uma tragédia. Ficou famosa pelas cenas de sexo oral emGarganta Profunda, mas não lucrou nada pelo seu trabalho, pois não passava de uma mulher jovem e frágil, espancada e explorada pelo seu marido Chuck Traynor. O sujeito era um crápula completo, capaz de vender a esposa até para vários homens ao mesmo tempo, desde que o negócio lhe rendesse alguns dólares.
A história de Linda Lovelace já foi contada em documentário e em livros que ela própria escreveu, depois que conseguiu se libertar do companheiro marginal.
Há pouco foi lançado nos Estados Unidos o filme contando a história dessa garota tão maltratada pela vida. “Lovelace” tem direção de Rob Epstein e Jeffrey Friedman e a atriz Amanda Seyfried (foto) interpretando a rainha do pornô.
Os críticos especializados alegam que no filme faltou muita coisa, consideram o documentário superior. Pessoalmente gostei do trabalho, acho que os diretores foram corretos. Embora seja uma história a respeito de uma atriz pornô em nenhum momento apelaram para o sexo ou cenas grosseiras.
Deram um tratamento simpático a Linda, que bem merece a homenagem depois de tudo que passou.
Amanda Seyfried está ótima. Sem dúvida o melhor do filme, com sua beleza diferenciada e a interpretação convincente, que nos faz ter bem uma ideia da verdadeira Linda Lovelace e os atropelos porque passou.
A atriz de Garganta Profunda teve outros casamentos, filhos e se tornou uma ativista contra a violência doméstica e a indústria da pornografia.
Sofreu dois acidentes de automóvel e morreu em consequência do último, com apenas 51 anos de idade.
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