Devemos
elogiar a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça ao realizar a VIII Semana
Nacional de Conciliação. Também, merecedora de aplausos é a afirmação do
Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim Barbosa, conforme
Editorial do Jornal do Comércio do Rio de Janeiro, em sua edição de 04/12/2013,
de que tal evento já pode ser considerado “uma verdadeira tradição no Poder
Judiciário”.
Segundo as
mesmas fontes, iniciativas como estas chegam a resolver 50% dos conflitos
através de acordos. Pena, que no dia a dia de nossas vivências como Advogados
ou operadores do direito, sentimo-nos frustrados, para não dizer desiludidos,
pois o juiz, por falta de tempo, se quer olha para as partes. Apenas pergunta
se há possibilidade de acordo; quando não há, marca a leitura de sentença,
dando por encerrada a lide.
O Poder
Judiciário, com a Semana Nacional de Conciliação, aparece na mídia passando uma
impressão de que estar prestando um bom serviço à população. No entanto, falta
muito para esse Poder prestar uma boa resposta ao cidadão comum. Falta ao Poder
Judiciário se aparelhar de forma mais adequada, com a contratação de mais
pessoal ou mesmo abrir mais concurso para juízes, pois se levando em conta o
que se passa no Rio de Janeiro, sem se falar em outras unidades da Federação,
há uma demora muito grande entre a data da audiência e o despacho do juiz
liberando o direito que o autor teve reparado ou readquirido.
Há aqueles que
acharão estranho se falar em mais contratação, pois se sabe que há um excesso de
funcionário público no Brasil. É verdade, mas em alguns setores há carência.
Precisamos criar uma política de valorização do funcionário público, especialmente
o do Poder Judiciário, para que ele se sinta valorizado para exercer a função,
seja ela qual for com boa vontade.
Não podemos
ser condescendentes com uma petição protocolada em setembro de 2013, só seja
anexada ao processo em 2014 e olhe lá. A culpa é do
sistema como um todo que não estar preparado para solucionar o problema da falta de eficiência do setor público em geral. Quando a dinâmica e a rapidez na solução dos fatos é o que os tempos modernos exigem.
sistema como um todo que não estar preparado para solucionar o problema da falta de eficiência do setor público em geral. Quando a dinâmica e a rapidez na solução dos fatos é o que os tempos modernos exigem.
Assim, só isso
é pouco. Não basta criar Semana disso ou daquilo. Precisamos cobrar de nossos
governantes que aparelhem o Poder Judiciário para que ele preste um serviço
mais eficiente e que atenue o sentimento de impunidade, permitindo ao cidadão a
acreditar mais na Justiça.
Antonio Martins de Farias é
Advogado e filho de Taquaritinga do Norte
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