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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Do Blog do Magno Martins


    Aposta no novo
O nome preferencial do governador à sua sucessão era o do secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, conforme este blog antecipou. Foi com Tadeu que Eduardo tomou todas as decisões importantes do seu Governo no segundo mandato, entre as quais a da criação de um fundo emergencial para os 186 municípios do Estado.

Era a Tadeu que o governador delegava todas as missões políticas. A Tadeu, o governador entregou também a interlocução política com a Assembleia, a bancada federal em Brasília e a base municipal, formada pela maioria dos prefeitos. Surgiu, entretanto, uma pedra no meio do caminho do chefe da Casa Civil: a incapacidade de agregar a ampla aliança governista.
No plano pessoal, outro impedimento, que foi decisivo: laços familiares com o governador (o filho de Tadeu namora a filha de Eduardo). O discurso do governador se sustenta na nova política. Com um candidato parente, cairia num profundo vazio, comprometendo a sua credibilidade.
Vendo que não poderia transpor as barreiras para emplacar o aliado, o governador cuidou de buscar um nome com o seu perfil, chegando ao secretário da Fazenda, Paulo Câmara, que também é parente, mas distante, de terceiro grau. O ex-deputado Maurício Rands foi cogitado, mas, além do parentesco de primeiro grau, deu um tiro no próprio pé ao renunciar à vida pública em documento público.
Em seguida, se ventilou o nome do secretário de Cidades, Danilo Cabral, vetado pela ampla maioria dos deputados estaduais. Havia restrições também, da parte do próprio governador, ao nome de Câmara por este não ter experiência política e ser desconhecido, sem falar da sua condição de cobrador de impostos e de parente distante.
Em pesquisas qualitativas, entretanto, o governador se convenceu de que o titular da Fazenda detinha mais virtudes do que defeitos, entre as quais de ser um quadro vocacionado para vida pública, testado como executivo. Na Secretaria de Administração, por onde ingressou no Governo, Câmara surpreendeu.
Durante sua gestão administrou com sucesso todos os conflitos com servidores, evitando greves e paralisações. De lá, foi cumprir uma missão delicada no Governo: a pasta de Turismo, onde havia estourado um escândalo com shows superfaturados.
Na segunda gestão de Eduardo, Câmara foi posto, estrategicamente, na Fazenda para tomar conta do caixa. Teve um excelente desempenho.
É novo, jeitoso, embora tímido, mas como Geraldo Júlio certamente aprenderá rápido a difícil arte da política de engolir sapos.
POÇO DE MÁGOA– O maior problema para o governador administrar daqui para frente com a escolha de Paulo Câmara é a insatisfação do vice-governador João Lyra Neto, que alimentou grande expectativa de ser o ungido porque assume em abril e, consequentemente, ganharia a condição de candidato natural já disputando a reeleição. Quem conhece Lyra de perto diz que é dono de um temperamento explosivo.
No sereno– O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, cometeu uma descortesia com o presidente do PMDB, Dorany Sampaio. Acionado pelo secretário de Finanças da Prefeitura, Roberto Pandolfi, jarbista histórico, Sampaio aguardou duas horas para uma conversa com o socialista, que acabou não dando o sinal da sua graça.

Resistência dialética– Na longa e difícil conversa que teve, ontem, com o vice-governador João Lyra Neto, Eduardo foi rápido no gatilho. Disse que as pesquisas qualitativas que encomendou mostram um perfil diferente do de Lyra para o Governo. Sugeriu também que se o PSB encampasse a sua candidatura correria o risco de não fazer o sucessor.
Unidade socialista- Tão logo este blog antecipou, ontem, a chapa da Frente Popular com Paulo Câmara na cabeça, o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca, cuidou de espalhar a versão de que o nome do secretário da Fazenda havia unido o conjunto da Frente Popular. Até o secretário Danilo Cabral, um dos nomes cotados, saiu em solidariedade a Câmara.
Defesa ardorosa- O deputado Sebastião Oliveira saiu, ontem, em defesa do prefeito de Tracunhaém, Belarmino Vásquez, que teria frustrado o deputado Alberto Feitosa, não apoiando à sua reeleição. “Belarmino é uma pessoa íntegra, que não faz leilão para apoios. Foi correto comigo no meu momento mais difícil, a derrota para prefeito em Serra. E não é verdade que seu governo esteja mal avaliado. Ele tem mais de 60% de aprovação”, afirmou.

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