O governador Eduardo Campos (PSB) e o deputado federal João Paulo (PT) podem ter acertado um movimento que venha mudar completamente o atual quadro sucessório no Estado. Os dois tiveram uma conversa, durante o café da manhã, na casa do socialista, na última segunda-feira.
Mesmo o parlamentar negando a informação, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem, mais de uma fonte confirmou o encontro para a reportagem. Na ocasião, o gestor socialista teria incentivado o exprefeito do Recife a lançar sua candidatura ao Governo do Estado. O objetivo da iniciativa seria evitar que a candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ganhe musculatura na fase de pré-disputa, além do possível tensionamento que o movimento poderia gerar dentro do próprio Partido dos Trabalhadores e na aliança com os petebistas.
Um dos principais incentivadores do lançamento da candidatura de Monteiro Neto, João Paulo teria pedido ao presidenciável para a conversa não ser vazada. Com um nome de expressão para servir à agremiação petista, o socialista conseguiria adiar o anúncio do apoio de uma legenda para o PTB, freando o crescimento do senador nas pesquisas de intenção de voto. Até o momento, a única candidatura da sigla colocada é a do presidente municipal do PT, Oscar Barreto, que recebe críticas de correligionários por sua proximidade com o próprio governador Eduardo Campos.
O PT é principal aliado a ser cortejado por Armando Monteiro Neto. A legenda possui expressivo tempo de televisão no programa eleitoral com três minutos e 46 segundos, além de representar a ligação direta da candidatura com o discurso de continuidade da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). A garantia do apoio da sigla ao senador teria sido dada por dirigentes e lideranças partidárias petistas. O próprio presidente nacional do PT, Rui Falcão, teria garantido a presença da agremiação no palanque petebista.
Até o momento, o prazo estabelecido pela direção petista para definir sua posição no próximo pleito é o dia 22 de março. Sem o apoio do PT, a postulação petebista sofreria um impacto significativo, podendo ter a sua presença reduzida pela possível migração de um aliado que vem sendo dado como certo para o palanque do senador Armando Monteiro Neto: o PP. Comandado pelo deputado Eduardo da Fonte, o partido mantém uma ligação direta com a presidente Dilma Rousseff e deverá acompanar os petistas na sua escolha para a sucessão estadual.
Do Blog de Lázaro Medieros
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