Jornalista Junior Albuquerque com Jornalista Adriano Roberto |
Artigo especial
Não somos vítimas, mas autores dessa barbárie
Adriano Roberto
Está difícil para quem trabalha com notícias políticas, como eu, lidar com esses acontecimentos medievais que estão se intensificando no nosso cotidiano. Uma coisa é cobrir eventos relacionados à violência urbana, outra é vivenciar, in loco, toda essa barbárie promovida pelos baderneiros de plantão. Quem conhece a movimentação política sabe que existem muitas outras coisas por trás de todo esse interesse repentino da categoria dos policias militares de fazerem esse movimento insano e fora de tempo.
Eu conheço pessoalmente o cabeça de todo esse movimento e vejo nele um interesse de gerar instabilidade em uma negociação que começou no governo Eduardo Campos e que está, agora, com João Lyra.
Vale registrar que o soldado Joel da Harpa, que encabeça o movimento dos policiais militares, possui íntima ligação com o deputado pastor Cleiton Collins e, por conseguinte, com o principal mentor do político evangélico, o deputado federal Eduardo da Fonte.
Muito me surpreende esse repentino poder de mobilização do soldado Joel da Harpa, uma vez que ele foi candidato a vereador pelo Partido Progressista nas eleições de 2012 e não conseguiu se eleger junto à categoria. Agora ele aparece, às vésperas da eleição, comandando uma movimentação que carece de um forte esquema de financiamento, recursos estes que ninguém sabe de onde vem.
Todos nós sabemos que existe uma disputa rasteira e suja nesta eleição e que vamos ter que conviver com esse clima até o fato se consumar, em outubro.
No cerne de tudo isso está a população do estado, que vive um clima de terror. Aliás, esse termo é bem distante do que realmente sente o pobre e mortal cidadão.
No momento em escrevo essas letras estou num café do Shopping Tacaruna, onde vim para buscar meus óculos novos. Do nada, surgem boatos de que vai acontecer um arrastão e os lojistas fecham as portas. Os frequentadores do shopping há muito desapareceram, como está acontecendo com todas as pessoas que estão aterrorizadas com essa situação.
Ontem, minha esposa sofreu uma tentativa de assalto em meio a falta de energia que durou mais de cinco horas, à noite, em plena greve da polícia. Hoje, a escola do meu filho caçula e a faculdade do meu mais velho me mandaram mensagem dizendo que não vão aplicar aulas devido à falta de segurança.
Mas analisando de forma nua e crua nós não podemos nos colocar como vítimas de todo esse problema se aqueles políticos que usam das formas mais rasteiras, sujas e por vezes deplorável os seus mandatos que são concedidos por nós eleitores. É o nosso voto que coloca essas pessoas no poder e por isso somos autores e não vítimas de toda essa parafernália. Tome uma atitude nas próximas eleições e faça valer a sua responsabilidade pelos que vão comandar esse país!
Jornalista.
Do Blog do Magno Martins
Não somos vítimas, mas autores dessa barbárie
Adriano Roberto
Está difícil para quem trabalha com notícias políticas, como eu, lidar com esses acontecimentos medievais que estão se intensificando no nosso cotidiano. Uma coisa é cobrir eventos relacionados à violência urbana, outra é vivenciar, in loco, toda essa barbárie promovida pelos baderneiros de plantão. Quem conhece a movimentação política sabe que existem muitas outras coisas por trás de todo esse interesse repentino da categoria dos policias militares de fazerem esse movimento insano e fora de tempo.
Eu conheço pessoalmente o cabeça de todo esse movimento e vejo nele um interesse de gerar instabilidade em uma negociação que começou no governo Eduardo Campos e que está, agora, com João Lyra.
Vale registrar que o soldado Joel da Harpa, que encabeça o movimento dos policiais militares, possui íntima ligação com o deputado pastor Cleiton Collins e, por conseguinte, com o principal mentor do político evangélico, o deputado federal Eduardo da Fonte.
Muito me surpreende esse repentino poder de mobilização do soldado Joel da Harpa, uma vez que ele foi candidato a vereador pelo Partido Progressista nas eleições de 2012 e não conseguiu se eleger junto à categoria. Agora ele aparece, às vésperas da eleição, comandando uma movimentação que carece de um forte esquema de financiamento, recursos estes que ninguém sabe de onde vem.
Todos nós sabemos que existe uma disputa rasteira e suja nesta eleição e que vamos ter que conviver com esse clima até o fato se consumar, em outubro.
No cerne de tudo isso está a população do estado, que vive um clima de terror. Aliás, esse termo é bem distante do que realmente sente o pobre e mortal cidadão.
No momento em escrevo essas letras estou num café do Shopping Tacaruna, onde vim para buscar meus óculos novos. Do nada, surgem boatos de que vai acontecer um arrastão e os lojistas fecham as portas. Os frequentadores do shopping há muito desapareceram, como está acontecendo com todas as pessoas que estão aterrorizadas com essa situação.
Ontem, minha esposa sofreu uma tentativa de assalto em meio a falta de energia que durou mais de cinco horas, à noite, em plena greve da polícia. Hoje, a escola do meu filho caçula e a faculdade do meu mais velho me mandaram mensagem dizendo que não vão aplicar aulas devido à falta de segurança.
Mas analisando de forma nua e crua nós não podemos nos colocar como vítimas de todo esse problema se aqueles políticos que usam das formas mais rasteiras, sujas e por vezes deplorável os seus mandatos que são concedidos por nós eleitores. É o nosso voto que coloca essas pessoas no poder e por isso somos autores e não vítimas de toda essa parafernália. Tome uma atitude nas próximas eleições e faça valer a sua responsabilidade pelos que vão comandar esse país!
Jornalista.
Do Blog do Magno Martins
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