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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O DESAFIO CALABAR

Queira ou não queira a oposição (grupo Boca preta), o grupo Calabar se consolidou e emplacará quase 20 anos no comando da Dália da Serra, considerando a breve passagem de Jânio após a cassação de Zeca. Com uma história de lutas iniciadas ainda no século passado este grupo pode se dizer que junto é imbatível, pois desde que se organizou vem acumulando sucessivas vitórias eleitorais.

Após colecionar as derrotas de Mendes (1988), Dr. Aldenir (1992 e 1996), e ter destronado o ex-algoz Jânio Arruda em 2000, 2004, 2008 e agora em 2016, e Milton Cícero em 2012, o grupo Calabar deixou evidentes marcas que merecem uma profunda reflexão, a saber:

O CALABAR NÃO TEM DONO: Isso ficou evidente desde 2000 quando Zeca venceu Zezé Arnóbio numa prévia e em 2008 quando Evilásio foi escolhido através de uma pesquisa e agora em 2016, quando outra pesquisa definiu a chapa tendo Lero sido o vencedor de um processo traumático, que teve como incendiário o prefeito Evilásio que se achou com poder suficiente para impor o seu sucessor,  rifando o seu vice, dando com os burros nágua pois não emplacou a secretária Ilka Paloma, que perdeu pesquisas internas para Gena Lins que se sobressaiu e compôs com Lero a chapa, numa articulação que coube ao deputado Diogo Moraes ser o bombeiro e o grande articulador da vitória.

O BAIRRISMO FALOU ALTO: A discriminação e o bairrismo pregado até dentro do próprio grupo contribuíram para que a vitória de Lero não fosse mais ampla, pois a desconfiança que a sede seria esquecida foi pregada exaustivamente em conversas com os eleitores pelos opositores que não tornavam público para não perderem os apoios que teriam no distrito.

A CAPITAL CALABAR: Pão de Açúcar mais uma vez mostrou que é quem define a eleição, a exemplo do que fez nas outras vitórias do grupo, sua frente anulou a frente colocada por Jânio no restante do município e ainda sobrou 505 votos que consagraram Lero e Gena, evidenciando que Pão de Açúcar faz a diferença independente de quem esteja no poder.

Caberá a Lero colocar sal nas feridas e fazer uma profunda reflexão de onde o Calabar errou, pois nenhum governo fez tantas obras como o de Evilásio. Mais será que isso basta? Valerá a pena herdar uma equipe que vem se arrastando desde o governo de Zeca com poucas alterações e que não tem densidade eleitoral e nem apoio popular? Abrigar candidatos que não tiveram sucesso nas urnas em seu secretariado irá adiantar de alguma coisa? 

Qual será o papel do vice no seu governo? 

E o de Evilásio e Zeca? 

Vai ser um governo diferente ou será um governo remendado: Só o tempo dirá, e Lero também.

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