Antônio Campos, advogado, irmão do ex-governador Eduardo Campos e candidato derrotado pelo PSB à Prefeitura de Olinda se rebela contra Paulo Câmara e Geraldo Júlio. Ele reclamou até do comportamento da Casa Militar, do Governo do Estado, que teria criado problemas em sua campanha política.
Hoje a Secretaria da Casa Civil publicou uma nota, rebatendo o irmão de Eduardo. Confira:
É completamente improcedente a declaração do candidato a prefeito de Olinda Antônio Campos de que ele teria sido “acompanhado” pela “segunda seção” da Casa Militar. A Casa Militar não se envolve em processos eleitorais. Nem em Olinda e nem em nenhum outro município do Estado. A Casa Militar é uma instituição de Estado, respeitada e com uma larga folha de serviços prestados a Pernambuco, justamente por atuar respeitando os limites legais e suas prerrogativas constitucionais.
Casa Militar do Governo do Estado de Pernambuco
OBSTINADO - Mas “Tonca”, como é conhecido na Região Metropolitana o advogado Antônio Campos, é um homem teimoso e obstinado (nisso parece com o irmão falecido). E em pleno Dia dos Finados o socialista resolveu abrir as baterias contra as duas principais lideranças do partido, o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio.
Antônio Campos atirou pesado e o alvo foi a viúva de Eduardo, Renata Campos. Leiam o que ele falou hoje, conforme revelam jornalistas e jornais importantes da capital:
“Renata Campos é quem manda no PSB. Aquela aparência frágil dela é apenas um disfarce. Ela se reúne semanalmente e dita ordens ao Governador Paulo Câmara e ao Prefeito Geraldo Júlio”.
Na crítica feita à viúva, Antônio Campos considera o governador de Pernambuco e o prefeito do Recife como meras “marionetes” do seu projeto político: “fazer do filho, João Campos, o único herdeiro do espólio dos Campos-Arraes.
“Ela nunca gostou do meu pai e não tinha essa força não”, revelou Tonca, que acabou com outra “lenda” da política pernambucana: A de que Renata mandava no ex-governador Eduardo Campos.
”Ela nunca mandou em nada. Quem mandava era Eduardo que fazia de conta que ouvia ela o que é muito diferente”, complementando que “agora é que a coisa mudou”. Antônio anunciou sua candidatura a deputado e garantiu que não vai sair do PSB. Ele criticou ainda Jarbas Vasconcelos, André de Paula e disse que sua campanha foi monitorada pela Casa Militar, a pedido do Secretário da Casa Civil, Antônio Figueira. “Minha candidatura foi sabotada”, disparou.
Depois de chamar Renata de “ingrata” ele disse ainda que sua mãe, Ana Arraes, chegou a fazer um apelo pela união da família mas foi em vão.
- Ela não atendeu - disse o irmão do ex-governador. “A questão de Renata é que ela não admite nada na vida que não seja Andrade Lima. Ela acha que uma outra força que pudesse surgir na família seria contra seus interesses, afirmou Antônio, numa clara alusão ao sobrinho, João Campos, a quem Renata deseja fazer sucessor do espólio político do ex-governador.
- O que fizeram com Raquel Lyra e com Marília Arraes (sua prima) foi inaceitável”, desabafou ainda o advogado.
Como fica claro pelas informações acima, a briga nas famílias Campos e Arraes - que começou quando "queimaram" a candidatura da vereadora Marília Arraes a deputada federal - agora se agravou, com a revolta de Antônio, depois de sua derrota em Olinda.
Resta saber se Paulo Câmara e Geraldo Júlio darão alguma resposta a Tonca, que chamou os dois de “paus mandatos” de Renata Campos.
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