Chegaram às raias do absurdo, as denúncias de que o governo Paulo Câmara estaria fazendo uso da máquina pública para espionar adversários políticos, inclusive aqueles ligados a seu próprio Partido.
O escândalo veio à tona a partir de denúncias feitas pelo advogado Antônio Campos, que concorreu à Prefeitura de Olinda, pelo PSB, de que a 2ª Sessão, uma espécie de Serviço Reservado da PM ligado à Casa Militar e diretamente subordinada ao Governador, teria passado a lhe espionar, a partir do momento em que Tonca, como é mais conhecido, contrariou os interesses do Palácio, ao insistir em sua candidatura em Olinda.
Segundo o advogado, em entrevista dada ao Blog de Jamildo, vinculado ao Portal NE10, Leia AQUI, os arapongas de Paulo Câmara o teriam "acompanhado" e que esse "acompanhamento", um eufemismo para "espionagem", teria sido percebido pelos seguranças do então candidato.
A arapongagem teria se voltado contra outros adversários do núcleo político do PSB, conforme veio a confirmar a procuradora do Estado (concursada), Bianca Teixeira Avalone, em sua conta pessoal, no Facebook. Bianca Avalone já exerceu o cargo de Procuradora Geral do Estado, no governo João Lyra, quando do afastamento do ex-procurador Geral, Thiago Norões, em razão deste ter utilizado uma procuração de Eduardo Campos, quando esse já havia morrido, para doar terreno do Estado de pernambuco, para o Cone Suape (empresa do grupo Moura Dubeux - Leia AQUI e AQUI). Veja a confirmação da denúncia de Antônio Campos:
Renata Andrade Lima Campos e Paulo Câmara |
O caso se torna ainda mais grave quando se observa que uma das denúncias feitas por Antônio Campos dá conta de que a ex-primeira-dama Renata Andrade Lima Campos se reuniria semanalmente com o prefeito Geraldo Júlio e com o governador Paulo Câmara para lhes dar ordens, apesar de não exercer nenhum cargo, em nenhum dos dois governos, exercendo, desse modo, ingerência ilegal sobre as atividades gerenciais, tanto da Prefeitura do Recife, quanto do governo de Pernambuco, sendo de se questionar se a ex-primeira-dama também teria ingerência sobre as atividades ilegais de arapongagem que o governo Paulo Câmara anda desenvolvendo contra adversários políticos de seu grupo, que, segundo o próprio advogado Antônio Campos e a procuradora Bianca Avalone, incluíram, escandalosamente, interceptações telefônicas ilegais.
Até onde se sabe, quem é alvo de operações da Polícia Federal, leia-se, "Fair Play", "Turbulência", "Lava-Jato", "Vidas Secas", apenas para citar algumas, é a cúpula do PSB de Pernambuco e não seus adversários, sendo inconcebível que os investigados se arvorem no direito de "monitorar" os cidadãos de bem, quando eles é que deveriam ser "monitorados".
Com a palavra o Sr. Procurador Geral de Justiça, o Procurador Regional da República e o Superintendente da Polícia Federal, em Pernambuco.
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