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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os “sem” dias do governo Dilma


O Brasil de Lula era sufocado por governo demais, o Brasil de Dilma não tem governo
Foto: Getty Images
Ao contrário do Brasil, Dilma cresce a olhos vistos



Apenas o ganho de peso pessoal, é visível como resultado final dos 100 primeiros dias de mandato da presidenta Dilma Gordusseff. Boa moradia, cardápio variado e ócio são armadilhas incontornáveis para gordas de terceira idade. Baixinha e desengonçada cada vez mais se assemelha a uma vexatória barrica de mau humor.

Inerte, impenetrável e invisível, seu governo não tem identidade própria, nem voz.

O Brasil de Lula era sufocado por governo demais, o Brasil de Dilma não tem governo. O país corre como um trem desgovernado, à revelia e sem direção.

Lula deixou o governo com a inflação esmurrando a nossa porta, no governo Dilma a inflação chegou à cozinha e dispensa. Os preços da cesta básica dispararam. O dólar não para de despencar, comprometendo nossas exportações, nossos empregos, nosso crescimento.

A candidata da campanha que prometia educação, saúde e segurança não fez nenhum gesto na direção desses itens fundamentais para o desenvolvimento do país.

A nossa infraestrutura continua esquecida e abandonada. Temos os mais altos custos portuários do mundo. Nossos aeroportos afogam-se em passageiros e problemas em qualquer feriado de fim de semana. Nossas estradas não suportam uma garoa. Tudo isso aumenta o custo Brasil, impede o desenvolvimento de áreas mais distantes dos centros urbanos, inibe investimentos e eclipsa o nosso futuro.

A própria escolha dos seus ministros já demonstrava que esse governo não ia decolar. Optou por herdar a massa falida ministerial do governo Lula, Edison Lobão & Cia e nomear os companheiros derrotados para ministérios técnicos, sem que possuíssem a menor habilitação, Mercadante na Ciência e Tecnologia e Ideli Salvati, no Ministério da Pesca, por exemplo.

Ou seja, ficou com o que de pior havia do governo Lula e escolheu novos integrantes a altura dos remanescentes para não haver disparidade de falta de competência.

Antonio Palocci que mais apropriadamente devia estar ocupando uma vaga em algum presídio federal, é visivelmente o homem forte do seu governo. Mafioso e perigoso na sua última aparição pública profanou com um beijo o cadáver do ex-vice José Alencar, seu arquiinimigo dos tempos em que era Ministro da Economia.

Nada nos leva, pois, a crer que o governo Dilma vá corrigir os graves erros do governo Lula. Tudo marcha para ser pior. Hoje ela é mais refém do congresso e especificamente do PMDB do que era o ex-presidente. Não sinaliza com o enxugamento da máquina presidencial, pelo contrário, apesar de possuirmos a maior quantidade de ministérios de todos os países do mundo democrático, Dilma está criando mais dois ministérios, o da Pequena Empresa e da Aviação Civil, para acolher companheiros desabrigados.

O caos é tão grande, que os ministros não conseguem vaga na agenda presidencial para despachar com a presidenta. Alguns ministros menos cotados acabam despachando com o Ministro Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Só muito recentemente alguns deles conseguiram serem recebidos pela presidenta.

O que realmente está acontecendo é que Dilma é e sempre será uma "gerentona" de maus bofes que ganhou fama mostrando serviço tratando mal a peãozada sob o seu tacão. Agora posta no comando não sabe o que fazer.

Duas coisas já se pode prever, no fim desse governo Brasil vai estar pior e menor enquanto Dilma estará enorme. 

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