Dr. Paulo Lima*
Após os últimos acontecimentos que resultaram no meu afastamento compulsório da chapa do grupo de oposição para as próximas eleições na nossa “Dália da Serra”, fiquei a “matutar” com os meus botões e após muito refletir cheguei à conclusão, óbvia, de que realmente não cabia neste projeto.
Afinal, como sempre disse, o meu projeto era tornar a política “diferente” aqui na nossa terrinha,daquela política que se pratica no resto “desse mundo de meu Deus”.
Ora, como diria o matuto: vai ser inocente assim no país de Alice, “cara pálida”. Refiro-me ao livro “Alice no País das Maravilhas”, bem entendido. Quem não conhece a história de “Alice no País das Maravilhas”?
É que o mundo da justiça, onde milito, é muito diferente do mundo da política. Lá, o certo e o errado são delimitados pela Lei. É nele que vivo. Não aqui, no mundo da política.
Aqui, o certo e o errado depende do lado em que você está.
Agora vi que estava tal qual elefante em loja de louças. É uma pena pois, sinceramente, não gostaria de ter ficado em tal posição, mas é assim que me senti. Sinceramente eu não queria que a situação tivesse chegado a este ponto.
Pois bem, após muito refletir, vejo que na minha insistência e na minha boa fé de tornar a nossa política uma coisa diferente, fui teimoso ao extremo, a ponto de causar desconforto em pessoas próximas, por quem ainda tenho estima. E, como costumo dizer, teimosia ao extremo deixa de ser burrice para ser sinônimo de estupidez. Esta é a grande verdade!
Eu cheguei ao extremo com a minha teimosia e, tal qual elefante em loja de louças quebrei louças para tudo o quanto é lado, mas espero que os cacos passam ser colados e que estes episódios que resultaram no meu afastamento compulsório do grupo logo, logo, caiam no esquecimento, posto que, como costumo dizer, a política é a arte de somar, menos no meu caso, pois, pensando eu que estava somando, na verdade estava sendo um tanto demais neste grupo político. Em verdade eu estava sobrando e ocupando espaço tal qual elefante em loja de louças, com perdão da redundância. Agora vejo como de fato a “Banda toca”.
Mas, espero que os cacos ainda possam ser colados, para o bem de todos e, por favor, aos que se sentiram incomodados com este “elefante”, peço desculpas; afinal, a política é assim mesmo, a política é, também, a arte do imponderável.
Até às eleições e um forte abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.
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