Para evitar maiores constrangimentos, Joaquim Francisco
“cavalheirescamente” abre mão, pelo menos temporariamente, da vaga de
senador, no caso de uma possível licença de Humberto Costa, para cuidar
da campanha. Humberto deve estar se perguntando: onde está a sacanagem?
Joaquim Francisco deixando Humberto temporariamente desconfiado
O ex-governador Joaquim Francisco (PSB), primeiro suplente do candidato Humberto Costa (PT) no Senado Federal, afirmou ontem, que, dado o atual quadro político em Recife, com o racha entre o PSB, seu partido e o PT, do senador Humberto Costa, durante a campanha abriria mão da cadeira de senador, caso o petista resolva tirar licença para se dedicar integralmente a sua campanha de candidato a Prefeito do Recife.
Joaquim diz ter escutado rumores, que Humberto estaria constrangido em se liberar das suas atividades em Brasília, abrindo caminho para um adversário de palanque fosse entronado no senado, embora que temporariamente.
Quando estão empenhados em campanhas eleitorais, os parlamentares costumam tirar licença para evitar criticas de ausências do parlamento, principalmente, em momentos de votações importantes no Congresso.
Era tanta a vontade de ser senador e a necessidade do apoio de Eduardo Campos que Humberto Costa não vacilou em aceitar o ex-governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, seu arqui-inimigo político do passado, como seu suplente. Agora precisando se licenciar do cargo de senador para dá tempo integral a difícil campanha, recebe crítica dos petistas e teme está beneficiando os adversários, entronando Joaquim como senador.
”Então resolvi deixá-lo absolutamente à vontade”, disse o ex-governador. De acordo com Joaquim, caso o petista resolva por se licenciar, ele também tiraria licença, abrindo caminho para a segunda suplente, a petista Maria de Pompeia. “
”Assim fica tudo no campo do PT”, resumiu Joaquim, em entrevista à Rádio Folha.
Joaquim Francisco afirmou que a situação que levou a sua indicação à suplência de Humberto, os dois foram adversários políticos históricos em Pernambuco, não se repete agora e que ele não se sente confortável em assumir a vaga com os dois partidos em disputa nas eleições.
Joaquim, não revelou, mas essa intenção de se licenciar junto com Humberto, acontecerá apenas nesse episódio da campanha. No caso de vitória do petista, o ex-pefelista não irá abrir mão dos seis anos de mandato de senador, a que teria direito em definitivo, devido a sua condição de primeiro suplente.
Com supõe-se que Joaquim Francisco, velha raposa política, não ia aparecer assim conciliador e altruísta, senão autorizado, ou instruído pelo governador Eduardo Campos, os petistas da turma de Humberto Costa, puseram as barbas de molho.
Desconfiado que, exista alguma sacanagem por trás dessa mão estendida, Humberto dificilmente se licenciará. Pior que a jogada do PSB, poderá ser exatamente essa: obrigá-lo a ficar com a dupla jornada de senador e candidato.
É hilário observar que mesmo na hipótese remota de perder a eleição em Recife, o PSB, de Eduardo Campos, não sairia derrotado de todo: por consequência ganharia um assento permanente, por seis anos, no Senado Federal.
O que não é pouca coisa.
Os socialistas passariam a ser a terceira força no Senado, com 12 senadores, perdendo apenas para os Petistas, que ficariam com 14 e para os peemedebistas que contam com 19.
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