A grande surpresa no Salão Imobiliário realizado esta semana foi a
presença do ex-prefeito Neguinho Teixeira (sem partido). Ele não
aparecia publicamente em Caruaru desde o ano passado, quando foi
condenado a quatro anos e um mês de prisão, além de 280 dias-multa, o
que equivale a aproximadamente R$ 2,6 mil. Aparentando calma, mas muito
introspectivo, Teixeira circulou livremente pelo evento.
BIOGRAFIA CONTURBADA - Desde que se envolveu numa
série de processos que o ex-prefeito raramente aparece em público.
Ex-fabricante de sofá em um dos bairros mais pobres de Caruaru, o
Riachão, Manoel Teixeira de Lima iniciou sua vida política de forma
humilde e ajudando as pessoas mais próximas. Se candidatou pela primeira
vez disputando o cargo de vereador como Neguinho do Sofá. Assim que
assumiu o posto na Casa Jornalista José Carlos Florêncio, fez um forte
trabalho de marketing para desassociá-lo de sua antiga profissão e
passou a se chamar Neguinho Teixeira.
Na Câmara (2005/06), atuou de forma discreta sendo governo, quando
uma briga entre alguns vereadores da base do então prefeito Tony Gel
(DEM) acabou o levando à presidência da Câmara, a partir de janeiro de
2007. Apesar de chegar na presidência através de uma articulação que
envolveu vereadores da oposição, Teixeira agiu como aliado de Tony Gel,
que três meses depois renunciou à prefeitura e, como a cidade não tinha
vice-prefeito (o deputado estadual Roberto Liberato, eleito ao lado de
Tony em 2004, resolveu manter-se na Assembleia), foi prefeito por nove
meses.
Na presidência da Câmara, ele foi flagrado, pela reportagem da Globo,
na Argentina fazendo turismo, quando saiu do país para participar de um
Congresso Internacional de Vereadores, que não ocorreu. Na PMC, sua
gestão também foi marcada por denúncias e, apesar de poucos meses no
comando da cidade, ele acumulou vários problemas e denúncias de fraude.
Por Mário Flávio
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