Setores da sociedade brasileira sonham com a chapa Eduardo Campos e Marina Silva para disputar a presidência da República.
Eduardo encabeçaria ficaria na cabeça com o respaldo de ser hoje o governador mais bem avaliado do país, presidente de um partido de um expressivo número de prefeitos, parlamentares e governadores, além da capacidade de articulação política e experiência de gestão, apesar de ser relativamente jovem.
O socialista tendo um bom vice e se aliando a partidos que desejam acelerar o desenvolvimento do Brasil, conseguirá em torno 5 minutos no rádio e televisão para sua propaganda política. Com esse tempo na mídia e um discurso afiado, o governador pernambucano poderá usar toda sua capacidade de seduzir para convencer o eleitorado brasileiro que representa a melhor opção. Que pode fazer mais do que a atual presidenta e ao mesmo tempo impedir um retrocesso com a volta dos tucanos ao poder. O Nordeste e particularmente Pernambuco teriam muito a ganhar com Eduardo presidente.
Marina Silva é respeitada politicamente. Mulher, negra, pobre e analfabeta até a pré-adolescência, tinha tudo para dar errado. Mas lutou, estudou e venceu. Chegou ao Senado Federal, foi ministra do Estado e como candidata a presidente da República, em 2010, teve 20 milhões de votos.
A ex-senadora tem a simpatia de uma grande fatia do eleitorado nacional. Mas lhe interessaria ser candidata novamente e não chegar lá? Ter menos votos do que na eleição passada? É o risco que Marina está correndo por não ter um partido organizado e a perspectiva de poucas alianças, com menos tempo na TV e falta de palanques nos Estados.
Neste quadro é que se encaixa o sonho. Os dois têm história, são progressistas, sempre estiveram junto das lutas populares e tiveram boas passagens pelo Legislativo e Executivo.
Essa chapa teria tudo para desbancar Aécio num primeiro momento e Dilma na fase seguinte. Poderia muito bem ir para o segundo turno ou mesmo empolgar o eleitorado brasileiro de tal modo que a vitória fosse conquistada logo no primeiro turno.
Juntos, Eduardo e Marina atraíram mais partidos, melhores quadros intelectuais, empresários, trabalhadores, ambientalistas, comunicadores, profissionais liberais e formadores de opinião.
E teriam condições também de governar com apoio de amplos setores e fortalecidos no Congresso, pois se vingasse essa união certamente o PSB e os aliados elegeriam fortes bancadas.
Eduardo e Marina têm algo em comum: estiveram com o PT muitos anos. Ela foi filiada ao Partido dos Trabalhadores e ele esteve junto com Lula e Dilma. Mas ambos se descolaram, discordam do atual governo em vários pontos e acham possível avançar mais, sem tantas concessões ao conservadorismo.
Se o pragmatismo prevalecer o sonho pode virar realidade. Eduardo poderá ser candidato a presidente tendo Marina como vice.
O futuro é que vai dizer se essa união é possível.
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