Santa Cruz do Capibaribe e algumas cidades do interior do Agreste estão vivenciando a maior seca das últimas décadas e a situação poderá se agravar, caso as chuvas não caiam com maior intensidade.
Em uma matéria especial sobre a situação que se encontra os mananciais que já abasteceram a cidade, a equipe do Agreste Notícia visitou as barragens de Tabocas, Machado (Sítio Bandeiras) ambas localizadas na zona rural de Brejo da Madre de Deus, como também a de Poço Fundo na Capital da Moda. É comum nas estradas visualizar os resultados da estiagem castiga a região, com os animais mortos e vegetação seca devido à falta de água.
Machado tem menos de 5% de sua capacidade
No Machado a situação é extremamente delicada, mesmo sendo ainda a barragem com mais água na região. A COMPESA já não faz mais a distribuição daquele manancial, devido o mesmo se encontrar com menos de 5% de sua capacidade e a água se torna impropria para a utilização doméstica.
Em Tabocas a situação se agrava ainda mais, tendo em vista que, com aproximadamente 3% de sua capacidade, a barragem enfrenta sua maior seca das últimas décadas. Assim como o Machado, a COMPESA também não trabalha com a pouca água existente ainda naquela barragem.
Poço Fundo está com 0% de sua capacidade
Poço Fundo chegou ao seu limite máximo e com 0% da capacidade, nem mesmo os moradores que vivem naquela vila tem tido acesso fácil à água. A situação extrema preocupa naquela localidade os moradores, tendo em vista que, a falta do líquido tem prejudicado os serviços e o cotiano dos moradores.
Conversamos com seu Antônio Barboza da Silva que reside na Vila de Poço Fundo a mais de vinte anos, que nos revelou as dificuldades para conseguir água naquela localidade que por muitas vezes viu aquele manancial transbordar de água. “Nós para criar nossos animais temos que comprar água de caminhão pipa e as coisas por aqui têm ficado cada vez pior”, destacou.
Procuramos a Gerente Regional da COMPESA, Andreia Lemos Porto, que falou sobre o colapso em que vive os mananciais e afirmou que o abastecimento necessário para abastecer a cidade seria de 180 litros de água por segundo diariamente, mas esta sendo enviado para Santa Cruz e São Domingos (Brejo da Madre de Deus) apenas 110L durante cinco dias por semana. “Estamos recebendo essa água de Jucazinho via Caruaru apenas de sexta a terça feira, por isso estamos dois dias por semana ficando totalmente sem água. No final do mês quando fazemos as contas, só recebemos 30% do que precisamos para abastecer Santa Cruz”, enfatizou.
Jucazinho com 33% da capacidade – a Gerente ainda informou que a situação de Jucazinho também não é das melhores, o nível abaixo que se encontra aquele manancial poderá agravar ainda mais a situação. “Santa Cruz e as cidades circunvizinhas estão dependendo dessa água que vem de Jucazinho que se encontra com aproximadamente 33% de sua capacidade. Estamos dividindo a água de Caruaru”, alertou.
Com relação aos locais onde a água não está chegando, quem não estiver inadimplente com a COMPESA poderá solicitar o abastecimento através de caminhões-pipas, entretanto Andreia informou que está sendo difícil o abastecimento mesmo através de caminhos, tento em vista que, a COMPESA se encontra com cerca de dois mil pedidos em atraso e não se pode contratar mais carros, devido à água ser insuficiente.
Do: Jornal Agreste Notícia
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