Enquanto uma multidão de pessoas
é esperada hoje para a manifestação "Veta, Dilma: contra a injustiça, em
defesa do Rio", salas de aula das redes municipal e estadual ficaram
vazias, no período da tarde, por conta da decretação de ponto facultativo, para
que profissionais e estudantes pudessem participar do evento, noticia a agencia
O Globo.
A manifestação, que terá início com uma concentração na Candelária e
seguirá pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, tem como objetivo pedir à
presidente Dilma Rousseff que vete a proposta de mudança na partilha dos
royalties. Para o coordendor-geral do Sindicato dos Profissionais da Educação
do Rio de Janeiro (Sepe), Alex Trentini, a pausa traz prejuízos, já que o
conteúdo terá que ser aplicado dentro do período letivo restante, sem que haja
reposição de aula. E como o último bimestre é mais curto, isso ficará mais
difícil. Além disso, na opinião dele, a causa não é algo que tenha forte apelo
junto à categoria, por conta do quadro de abandono sofrido pela educação nos
últimos anos.
- Não acredito que haverá uma
participação efetiva dos professores e dos alunos, porque, se o Rio ganha
bilhões com os royalties, pouco disso vai para a educação. Não sabemos onde é
investido esse dinheiro, mas nas escolas notamos que não é. Caso contrário, não
estaria esse caos.
Realidade local
Enquanto
no Rio de Janeiro, governador, prefeito, autoridades e até artistas se
mobilizam publicamente para defender a fortuna que recebem dos royalties
do Petróleo, aqui no Nordeste quase não se fala sobre o tema. Um pitaco
aqui, outro acolá de um prefeito e pronto. Sem pressão não vai. Que o
gesto dos cariocas que já sabem como é bom desfrutar do dinheiro do
"nosso" Petróleo possa despertar nossa região. Boca no trombone, afinal o
Petróleo "é nosso", ou será só dos cariocas?
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