Governador
com a maior taxa de aprovação em todo o País, o pernambucano Eduardo
Campos, do PSB, pode ser o fiel da balança na disputa presidencial em
2014. No segundo mandato, e, portanto, sem a possibilidade de reeleição,
ele parece decidido a entrar de vez no jogo nacional. Para isso, tem se
aproximado cada vez mais de grandes empresários.
Reportagem deste domingo do jornal Estado de S. Paulo revela que, nos
últimos meses, ele se reuniu com pesos pesados do PIB nacional, como
Jorge Gerdau, da Gerdau e do Movimento Brasil Competitivo, André
Esteves, do BTG Pactual, Lázaro Brandão, do Bradesco, Carlos Jereissati,
da Oi, Roberto Setubal, do Itaú, Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, e
Cledorvino Bellini, da Fiat.
A todos tem oferecido incentivos para investimentos no Estado e falado
sobre sua gestão. A Fiat, por exemplo, decidiu investir R$ 4 bilhões
numa fábrica em Goiana, na divisa com a Paraíba. O banco de
investimentos BTG abriu escritório em Recife e o Bradesco recebeu Campos
para uma conversa reservada em São Paulo. A Oi, por sua vez, ajuda a
financiar um projeto de investimento em empresas digitais na capital
pernambucana.
Ao mesmo tempo, Campos procura um marqueteiro para dirigir os programas
do PSB que serão exibidos no início de 2013 -- todos centrados em
programas implantados em Pernambuco. Um dos destaques será o "Pacto pela
vida", que ajudou a reduzir a violência no estado.
Agindo discretamente, sem dizer que sim nem que não, Campos deixa
correrem soltas as especulações sobre sua candidatura, que agrada até ao
tucano Aécio Neves. "É uma divisão no campo deles", tem dito o senador
mineiro, que vê essa terceira via como um caminho para facilitar um
segundo turno.
O governador pernambucano também resgatou a Brasília o deputado Beto
Albuquerque (PSB-RS), que era secretário do governador Tarso Genro e
reassumirá seu mandato na Câmara. "Vamos pôr o PSB no debate nacional",
diz ele.
Campos está hoje numa posição de força. Num interessante artigo, João
Bosco Rabello, do Estadão, afirma que, se concorrer em 2014, ele poderá
forçar o segundo turno. Se desistir, poderá cobrar o lugar de vice na
chapa de Dilma Rousseff, desalojando o PMDB, de Michel Temer.
(Fonte: Brasil 247. Na foto o empresário Jorge Gerdau e o governador Eduardo Campos).
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