A produtora Time For Fun, responsável pelo show abriu uma promoção tipo
fim de feira, você paga um e ganha dois, mesmo assim está difícil
encontrar gente interessada e com dinheiro. Repete-se o fiasco do Show
de Lady Gaga no dia 11, com metade da plateia esperada.
Foto: Splash News
Mundo a fora, para promover a turnê, Madonna faz a sua parte, mostra um peito em Istambul, causa polêmica na Rússia, exibe a bunda na Itália e e usa lingerie reveladora em Miami (foto).
O que restará para mostrar no Brasil?
Mundo a fora, para promover a turnê, Madonna faz a sua parte, mostra um peito em Istambul, causa polêmica na Rússia, exibe a bunda na Itália e e usa lingerie reveladora em Miami (foto).
O que restará para mostrar no Brasil?
De
pouco serviram os esforços da produção de Lady Gaga para encher o
Parque dos Atletas, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no último dia 11.
Não teve site de compra coletiva nem oferta de dois por um que levassem
ao espaço as 90 mil pessoas esperadas pela produtora Time For Fun.
Apenas 40 mil espectadores apareceram — e, desse total, não é possível
saber quantos efetivamente pagaram.
Agora, a vítima da vez é Madonna. Com show agendado para o mesmo local no próximo domingo, dia 2, a rainha do pop já é alvo de promoções. A Time For Fun — novamente ela — anunciou uma “cota especial” com valor 44% abaixo do oferecido originalmente, e levou alguns fãs à fúria.
Procurada, a produtora não quis se pronunciar sobre a estratégia que diminuiu o preço do ingresso de pista, por exemplo, R$ 360 para R$ 200 (com mais R$ 120 de taxa de conveniência).
Entre setembro e quinta-feira passada, as ações da produtora caíram de R$ 17 para R$ 10 na bolsa de valores. No mesmo período, seu valor de mercado foi de R$ 1,2 bilhão para R$ 700 milhões. Segundo especialistas, é, em parte, fruto tanto do desinteresse do público pelas megaturnês de cantoras populares quanto da perda do Cirque du Soleil para Eike Batista.
— Muitos fãs estão revoltados, não acham justo que a Time For Fun tenha reduzido o preço depois de eles terem pago quase o dobro a mais, e querem o dinheiro de volta — conta Lucas Augustinho, responsável pela página Madonna Oficial Brasil, com 8,5 mil fãs no Facebook.
Consultado, o Procon-RJ diz que não há muito o que fazer.
— Como a mudança de preços foi colocada como um fator promocional, uma oferta, não vejo crime. A empresa está no direito dela — afirma o advogado Vinícius Leal. — Mas quem se sentir lesado pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor ou à Justiça com todas as provas materiais que puder (ingressos, notícias, folheto sobre oferta...).
Enquanto isso, produtores de shows país afora tentam entender a situação estabelecida no Rio e remediar o problema. Aparentemente o carioca não tem dinheiro ou vontade de acompanhar shows com entradas que rondam os R$ 750 (valor cobrado pela entrada inteira na pista premium de Lady Gaga e Madonna).
— A meia-entrada e a carga tributária, que leva 40% do valor do ingresso, são sempre culpadas — diz Gladston Tedesco, do Grupo Tom Brasil. — Mas há outros fatores também. O cachê dos artistas costuma subir quando vêm ao Brasil, seja porque estão longe, seja porque sabem que a economia vai bem.
Agora, a vítima da vez é Madonna. Com show agendado para o mesmo local no próximo domingo, dia 2, a rainha do pop já é alvo de promoções. A Time For Fun — novamente ela — anunciou uma “cota especial” com valor 44% abaixo do oferecido originalmente, e levou alguns fãs à fúria.
Procurada, a produtora não quis se pronunciar sobre a estratégia que diminuiu o preço do ingresso de pista, por exemplo, R$ 360 para R$ 200 (com mais R$ 120 de taxa de conveniência).
Entre setembro e quinta-feira passada, as ações da produtora caíram de R$ 17 para R$ 10 na bolsa de valores. No mesmo período, seu valor de mercado foi de R$ 1,2 bilhão para R$ 700 milhões. Segundo especialistas, é, em parte, fruto tanto do desinteresse do público pelas megaturnês de cantoras populares quanto da perda do Cirque du Soleil para Eike Batista.
— Muitos fãs estão revoltados, não acham justo que a Time For Fun tenha reduzido o preço depois de eles terem pago quase o dobro a mais, e querem o dinheiro de volta — conta Lucas Augustinho, responsável pela página Madonna Oficial Brasil, com 8,5 mil fãs no Facebook.
Consultado, o Procon-RJ diz que não há muito o que fazer.
— Como a mudança de preços foi colocada como um fator promocional, uma oferta, não vejo crime. A empresa está no direito dela — afirma o advogado Vinícius Leal. — Mas quem se sentir lesado pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor ou à Justiça com todas as provas materiais que puder (ingressos, notícias, folheto sobre oferta...).
Enquanto isso, produtores de shows país afora tentam entender a situação estabelecida no Rio e remediar o problema. Aparentemente o carioca não tem dinheiro ou vontade de acompanhar shows com entradas que rondam os R$ 750 (valor cobrado pela entrada inteira na pista premium de Lady Gaga e Madonna).
— A meia-entrada e a carga tributária, que leva 40% do valor do ingresso, são sempre culpadas — diz Gladston Tedesco, do Grupo Tom Brasil. — Mas há outros fatores também. O cachê dos artistas costuma subir quando vêm ao Brasil, seja porque estão longe, seja porque sabem que a economia vai bem.
Foto: Splash News
Modanna exibindo a bunda em Stambul
Modanna exibindo a bunda em Stambul
Também
vivemos um acúmulo de shows no segundo semestre do ano, e ninguém tem
R$ 1.500 (valor para um casal) para gastar todo fim de semana. Então,
seleciona bem. Depois tem a frequência com que esses cantores têm
passado por aqui.
Parafraseando Chico Anysio quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil pela segunda vez, digo que tem gente que se vier mais vai acabar dando o pontapé inicial num Fla x Flu qualquer.
Roberto Medina, criador do Rock in Rio — e da Cidade do Rock, enxerga “um porre de sucesso” no cenário musical brasileiro e prevê mudanças no valor dos ingressos para breve. Para ele, que se diz “um guardião do preço do Rock in Rio”, a R$ 260 por um dia repleto de shows, a dificuldade encontrada na venda de ingressos caros deve acabar influenciando até os cachês cobrados pelos artistas:
— Eles aumentaram com a derrocada da indústria fonográfica, mas vão acabar se reajustando. Quando você chega ao teto do preço, o mercado precisa encontrar soluções para tornar seu produto acessível novamente, da produção local até a outra ponta da corda, as bandas. Os ingressos no Brasil estão incompatíveis com a renda do brasileiro.
O consumidor tem que brigar pela qualidade e também pelo preço — analisa Medina, que viu as 80 mil entradas para o Rock in Rio 2013 disponibilizadas para pré-venda se esgotarem em 52 minutos, com apenas três bandas confirmadas, até então.
Parafraseando Chico Anysio quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil pela segunda vez, digo que tem gente que se vier mais vai acabar dando o pontapé inicial num Fla x Flu qualquer.
Roberto Medina, criador do Rock in Rio — e da Cidade do Rock, enxerga “um porre de sucesso” no cenário musical brasileiro e prevê mudanças no valor dos ingressos para breve. Para ele, que se diz “um guardião do preço do Rock in Rio”, a R$ 260 por um dia repleto de shows, a dificuldade encontrada na venda de ingressos caros deve acabar influenciando até os cachês cobrados pelos artistas:
— Eles aumentaram com a derrocada da indústria fonográfica, mas vão acabar se reajustando. Quando você chega ao teto do preço, o mercado precisa encontrar soluções para tornar seu produto acessível novamente, da produção local até a outra ponta da corda, as bandas. Os ingressos no Brasil estão incompatíveis com a renda do brasileiro.
O consumidor tem que brigar pela qualidade e também pelo preço — analisa Medina, que viu as 80 mil entradas para o Rock in Rio 2013 disponibilizadas para pré-venda se esgotarem em 52 minutos, com apenas três bandas confirmadas, até então.
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