Numa decisão inusitada, o Legislativo da Costa Rica aprovou ‘acidentalmente’, nesta semana, o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Durante os debates, um deputado propôs a mudança de redação de um dos artigos da lei em discussão. A ala conservadora do parlamento não percebeu que o novo texto permitirá, em tese, o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Agora falam em ir buscar a justiça para anular a lei que eles mesmo aprovaram.
Foto: Rodrigo Arangua / AFP
Imagens da "Marcha de los Invisibles", 2012, a versão costariquenha da “parada Gay”
Imagens da "Marcha de los Invisibles", 2012, a versão costariquenha da “parada Gay”
A bancada conservadora do Parlamento da Costa Rica ficou estarrecida esta semana ao perceber que havia aprovado acidentalmente a união civil entre pessoas do mesmo sexo no país.
O episódio de desatenção da direita costarriquenha ocorreu durante a votação de um projeto de lei para regulamentar os serviços sociais.
O projeto foi posto a votação no início da semana e aprovado por unanimidade, porque a bancada conservadora no Congresso não se deu conta de uma mudança na versão final do texto.
Antes, o projeto de lei referia-se ao casamento como "uma união entre um homem e uma mulher". A versão definitiva, no entanto, "confere os direitos e os benefícios sociais a qualquer união civil, livre de discriminação".
Depois de perceberem a mudança, os deputados conservadores pressionaram a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, a vetar a lei, mas ela se recusou e a sancionou nesta-sexta-feira, à noite.
A mudança no texto foi proposta durante o debate pelo deputado José Villalta, da bancada de esquerda no Congresso, e passou desapercebido pelos conservadores.
"O problema é que há deputados que não leem aquilo que votam", criticou o próprio Villalta, em tom de deboche.
O deputado conservador Justo Orozco, do Partido da Renovação Cristã Costarriquenha, uma espécime de Pastor Feliciano local, contestar a nova lei, que ele mesmo aprovou, na justiça, apesar do parágrafo em questão ter sido aprovado por unanimidade.
Quem diria? Existe sim, um parlamento pior que o brasileiro.
O episódio de desatenção da direita costarriquenha ocorreu durante a votação de um projeto de lei para regulamentar os serviços sociais.
O projeto foi posto a votação no início da semana e aprovado por unanimidade, porque a bancada conservadora no Congresso não se deu conta de uma mudança na versão final do texto.
Antes, o projeto de lei referia-se ao casamento como "uma união entre um homem e uma mulher". A versão definitiva, no entanto, "confere os direitos e os benefícios sociais a qualquer união civil, livre de discriminação".
Depois de perceberem a mudança, os deputados conservadores pressionaram a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, a vetar a lei, mas ela se recusou e a sancionou nesta-sexta-feira, à noite.
A mudança no texto foi proposta durante o debate pelo deputado José Villalta, da bancada de esquerda no Congresso, e passou desapercebido pelos conservadores.
"O problema é que há deputados que não leem aquilo que votam", criticou o próprio Villalta, em tom de deboche.
O deputado conservador Justo Orozco, do Partido da Renovação Cristã Costarriquenha, uma espécime de Pastor Feliciano local, contestar a nova lei, que ele mesmo aprovou, na justiça, apesar do parágrafo em questão ter sido aprovado por unanimidade.
Quem diria? Existe sim, um parlamento pior que o brasileiro.
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