Rádio Debate tem participação do ex-prefeito Aragãozinho lembrando a eleição de 1992

Aragãozinho e debatedores (Fotos: Monicky Araújo)

Na edição desta quinta-feira (18), o Rádio Debate, veiculado pela Polo FM, teve a participação do ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe,  Raymundo Aragão Filho – Aragãozinho, filho do primeiro prefeito eleito pelo povo, Raymundo Aragão, falando sobre a campanha eleitoral de 1992. Aragãozinho contou com cabos eleitorais como Padre Bianchi e Miguel Arraes de Alencar.

A escolha do nome e a surpresa de ser candidato

A escolha do nome foi articulada pelo correligionário Dr. Neves, atual prefeito de São Caetano (PE), que dividiu as pessoas que fariam a escolha do candidato em três grupos e visitava cada grupo, informando que o anterior era unanime o nome de Aragãozinho. Sem que o então candidato tivessem presente.

“Cheguei em São Paulo, à noite, o telefone tocou e disseram ‘aqui estão comentando que você será o candidato’, eu nem sabia que era filiado a partido nenhum”, lembrou o ex-prefeito.

A relação tumultuada com José Augusto Maia, o vice

Aragãozinho disse que uma das principais dificuldades foi encontrar um candidato a vice-prefeito. Ninguém queria a vaga pela dificuldade da campanha. A disputa de 1992 foi contra Salete Jordão, agraciada como a mãe dos pobres.

Outro ponto importante foi que o então candidato não tinha jogo político “era um pitaqueiro do partido, não tinha pretensão política”, informou ressaltando que as divergência que teve com José Augusto foram problemas políticos, mas que a amizade permaneceu fora da política, até mesmo com cuidados com mãe de José Augusto ao longo de sua vida.

O rompimento com o vice

“Aconteceu essa coisa de ser criados grupos. Faltou maturidade política, minha, de Zé, do grupo. Hoje seria diferente, teria conversa, puxões de orelha e um denominador comum”, ressaltou o ex-prefeito.

“Quando dei posse a Zé, dei com festa. Quando Zé me recebeu, me recebeu sem festa. Segundo problema foi a nomeação dos concursados (..) Faltou experiência no processo”, lembrou.

A campanha de 2012

Sobre a sua participação da campanha eleitoral de 2012, Aragãozinho falou que um dos motivos foi a campanha do sobrinho Helinho Aragão. “Eu sou Taboquinha, mas eu sou filho do cabeça inchada. E falou mais alto Helinho, meu sobrinho (…) sou padrinho dele e ele sempre teve essa pretensão”, esclareceu.

As tintas – revelação histórica

Um guia do então candidato, acusava a adversária, Salete Jordão, de corrupção. Um caso que ficou conhecido como “escândalo das tintas”. A primeira campanha, no município, que a cidade podia ouvir um guia eleitoral através de uma rádio, a Vale.

“As tintas foi um menino de 12 anos que trouxe ao comitê umas notas, alguém mandou. Ninguém da campanha, nós pegamos e vimos o problema”, detalhou o ex-prefeito, lembrando que após a festa da vitória foi fazer uma visita de cortesia ao juiz eleitoral e pediu que fosse encerrado o processo das tintas.

“Terminou eu tinha que fazer uma visita, isso é de praxe, todo político faz uma visita ao presidente da comissão eleitoral, na época era Dr. Basílio Guerra, que conduziu o processo com lisura e a primeira coisa que eu disse foi ‘Dr. Eu quero encerrar o processo, eu sou amigo do pessoal’”, relembrou.

Mudança na secretaria de Finanças

“É normal haver uma reestruturação e muita gente não podia trabalhar. A prefeitura é como a casa da gente, tem que tomar conta das despesas. (…) precisava fazer uma reforma administrativa, claro que alguém sai magoado”, esclareceu falando sobre a necessidade de manter toda a casa em ordem, funcionando plenamente.

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Eleição de 1992 (Foto: Acervo do Neném)



Fonte: Blog de Ney Lima