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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

EDUARDO É UM BOM CANDIDATO A PRESIDENTE

Quatro nomes aparecem bem nas pesquisas como candidatos a presidente da República: Dilma Roussef (PT), Marina Silva (REDE), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

O governador pernambucano fortaleceu o seu partido nos últimos anos, é notícia na mídia nacional e tem se mexido com profissionalismo para viabilizar seu projeto. Mesmo assim, passou meses sem subir um mísero ponto no IBOPE, o que andou desanimando seus correligionários.

Na última pesquisa do DATAFOLHA, porém, Eduardo Campos chega aos 8%, possivelmente beneficiado pelo desgaste da presidenta Dilma com os protestos dos últimos meses e por ter tido uma postura muito prudente, diante do vendaval que sacudiu o país, principalmente em junho.

O fato de estar atrás, entre os quatro pré-candidatos citados, pode não significar muito coisa, pois ainda falta mais de um ano para a eleição presidencial. Caso consiga um bom vice em Minas ou São Paulo, alianças partidárias e pelo menos 4 ou 5 minutos na televisão, o neto de Arraes será capaz de crescer ainda mais nas pesquisas, conquistando chances reais de sentar na cobiçada cadeira de presidente, no Palácio do Planalto.

Independente de sua posição nas pesquisas, porém, é inegável que  Eduardo Henrique Accioly Campos, 48 anos, é um bom candidato a presidente da República do Brasil.

Nascido em Recife, em agosto de 1965, o atual governador de Pernambuco antes de completar 20 anos já se engajava na campanha política do avô, Miguel Arraes de Alencar, que em 1986 tentava retomar o seu mandato no Palácio das Princesas, interrompido de forma autoritária pelo golpe militar de 1964.

Arraes venceu José Múcio Monteiro no histórico pleito de 86 e Eduardo desistiu de fazer um mestrado nos Estados Unidos para trabalhar no governo do avô. Na época, com apenas 20 anos, era apenas um rapaz simpático que todo mundo tratava apenas por “Dudu”.

O futuro herdeiro de Arraes estudou economia e foi o laureado de sua turma. Com o diploma na mão, entrou de vez na política. Em 1990 já se filiava ao PSB, conseguindo seu primeiro mandato como deputado estadual. Em 1994 disputou a prefeitura do Recife e ficou em quarto lugar, tendo menos votos inclusive do que o folclórico Newton Carneiro. Foi seu único revés eleitoral.

A partir da primeira e única derrota até agora, aprendeu muito. Foi Secretário de Estado, deputado federal duas vezes eleito com extravagantes votações, Ministro de Ciência e Tecnologia na gestão de Lula, até desbancar o prestígio de Jarbas Vasconcelos e se eleger governador de Pernambuco em 2006. Em 2010 foi reeleito vencendo Jarbas em todas as regiões do Estado, com uma frente quase inacreditável, próxima dos três milhões de votos.

Bom deputado e bom ministro, Eduardo superou todas as expectativas como governador. Pegou o Estado arrumado por Jarbas Vasconcelos, é verdade, mas isso não lhe tira os méritos.

Na campanha de 2006 o socialista assumiu o compromisso de construir três novos hospitais no Estado para desafogar o complicado Hospital da Restauração. Eleito, cumpriu a promessa à risca, erguendo as três unidades de saúde em cidades estratégicas da Região Metropolitana do Recife, de modo a melhorar o sistema em todo o Estado.

Informações passadas recentemente ao jornalista, por um secretário graduado de Eduardo Campos, asseguram que o Hospital da Restauração, até meados da década passada um verdadeiro “matadouro humano”, hoje tem outra cara e oferece um mínimo de dignidade aos que o procuram.

O governador socialista investiu também nos hospitais do interior, além de contribuir com o avanço do SAMU e das UPAS, instrumentos eficientes na área médica, instalados em diversos municípios graças a parceria com o Governo Federal.

Eduardo atuou bem na economia, investiu como nenhum outro no Porto de Suape, contando neste caso com a ajuda do então presidente Lula. Pernambuco cresceu num ritmo maior do que outros Estados da Federação, criou empregos, reduziu a pobreza, a satisfação se espalhou na Região Metropolitana, na Mata, Agreste e Sertão.

Ninguém é reeleito governador com 82,83% dos votos e depois aparece seguidamente nas pesquisas nacionais como o governante estadual “mais bem avaliado do país” num toque de mágica. Dizer que é simplesmente marketing é besteira, pois Sérgio Cabral (RJ), Geraldo Alckmin (SP), Jaques Wagner (BA) e Cid Gomes (CE), têm o mesmo poder, podem fazer propaganda da mesma maneira, e não conseguem ter suas gestões tão aprovadas quanto o pernambucano.

Eduardo Campos recuperou estradas, asfaltou outras, criou programas beneficiando o homem do campo e na educação melhorou muito o estado físico das escolas. Verdade que os professores reclamam dos salários, mas funcionário público insatisfeito é quase um lugar comum neste país. Iniciativas aparentemente simples, como a distribuição de computadores e tablets com os profissionais de ensino ajudaram a modernizar as escolas da Rede Estadual. Na mesma linha, foi criado um programa de intercâmbio que está possibilitando a centenas de jovens pobres da periferia das grandes cidades e do interior viajar e conhecer países da Europa e outros Continentes.

O pré-candidato à presidência da República pelo PSB é um “animal político”. É do ramo, é inteligente e astucioso. É ousado ou prudente, dependendo das circunstâncias. Tem um discurso sedutor, capaz de empolgar políticos e eleitores independente da ideologia.

Eduardo Campos é um bom gestor. Eleito presidente, seria bom para Pernambuco e possivelmente também para o Brasil. Tem mais paciência e mais jeito do que Dilma para lidar com a classe política. Tem visão do Nordeste e do País.

Neto de Miguel Arraes, com uma vida de lutas no campo progressista, Eduardo não é nenhum Fernando Collor, que em 1989 saiu de Alagoas para envergonhar o Brasil.

Governar um país tão grande e desigual como o nosso não é fácil. Fernando Henrique, com toda sua diplomacia deixou a desejar, embora tenha aprofundado os avanços iniciados por Itamar Franco. Lula pegou uma conjuntura favorável e sabe fazer políticas como poucos. Dilma começou bem e foi tragada pelas manifestações de rua.

O que vem agora? Nós brasileiros estamos em dúvida se vale a pena dar mais quatro anos a Dilma. Talvez ela e o PT já tenham cumprido o seu papel. Aécio tem qualidades, foi bom governador, mas a volta do PSDB não parece uma mudança confiável. Marina é íntegra, bem intencionada, mas carece de sustentação de partidos e de base no Congresso Nacional. Dos deputados e senadores depende a governabilidade deste país. Eduardo sabe lidar com todos eles: vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, ministros, governadores...

Com a história na mão é possível ter a convicção de que Eduardo Henriques Campos está talhado para ser um bom candidato e mais que isso ser um bom presidente da República.

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