As melhores marcas anunciam aqui

As melhores marcas anunciam aqui

terça-feira, 13 de agosto de 2013

ARTIGO: Oportunismo eleitoreiro

O fechamento do 2º pelotão de polícia especializada em São Domingos (Brejo da Madre de Deus) traz à tona a ausência de seriedade quando o assunto é segurança pública, este pelotão, assim como o 3º pelotão em Pão de Açúcar (Taquaritinga do Norte), foi criado por iniciativa do Poder Executivo destes municípios numa parceria com a extinta 3ª CIPM (Santa Cruz do Capibaribe), hoje 24º Batalhão de Polícia Militar. 

Mesmo diante do alarde e da pompa com que tais pelotões foram inaugurados, não se tem notícia de qualquer ato do Governo do Estado criando oficialmente estes grupamentos, sendo de inteira responsabilidade das Prefeituras – as quais, diga-se de passagem, não têm o dever constitucional de oferecer segurança pública aos cidadãos – e do comando da 3ª CIPM à época.

Estas representações policiais são fechadas com a mesma facilidade com que são criadas, deixando órfãs comunidades que sempre tem atravessado sérios problemas com a violência.

Na estrutura administrativa de Pernambuco as polícias militar e civil são componentes da secretaria de defesa social (SDS), a qual é vinculada ao Executivo estadual, sendo os cargos de Comando de livre nomeação e exoneração, dependendo seus comandantes de “força política” para se manterem nos cargos ou mesmo para serem promovidos, assim podendo-se explicar a conivência e a disposição de alguns oficiais em atender pedidos irresponsáveis e politiqueiros de alguns políticos.

No ano passado, aqui em Pão de Açúcar, assistiu-se a pomposa inauguração do 3º pelotão de polícia militar, onde – às vésperas da eleição municipal – os atuais gestores municipais (candidatos à reeleição na época) juntamente com inúmeros simpatizantes e o então comandante da 3ª CIPM, com direito inclusive a apresentação de banda de música, inauguraram este órgão policial e o apresentaram como uma arma contra a criminalidade; hoje o prédio encontra-se praticamente fechado, nunca se teve notícia de efetiva lotação de policiais no 3º pelotão, não existe atendimento ao público e sequer se tem conhecimento de um telefone para o qual se possa ligar quando necessária à atuação da polícia.

Por não ser atribuição de prefeitura os gestores poderiam estar isentos de qualquer cobrança, no entanto, ao usarem a carência popular e o nome de saudosas pessoas (para denominar essas unidades policiais) para explicitamente enganar o povo com fins meramente eleitoreiros naturalmente assumem um ônus, para o qual o prefeito e o vice-prefeito de Taquaritinga calam ou dão desculpas infundadas. Será esse o progresso que dizem que a Dália da Serra tem para mostrar? 

O que tem a dizer especialmente os representantes eleitos pelo distrito nesse quesito? Os representantes da classe empresária que costumeiramente bancam as campanhas políticas, tem algo a dizer? Como anda o posto policial de Gravatá do Ibiapina? A patrulha rural ainda existe no município? Quais os resultados do 3º pelotão em Pão de Açúcar?

Acredito que estas simples indagações ficarão sem resposta, quiçá no próximo ano surja uma nova medida mirabolante para resolver este problema, candidatos em  busca de voto nos lembrarão dos seus “feitos heroicos” e o povo continuará refém da violência e irresponsabilidade dos atuais políticos.


* Jucelino Tavares Ferreira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, registrar E-mail