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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Em sete meses, aterro sanitário de Santa Cruz do Capibaribe alcança avanços importantes



O Aterro Sanitário de Santa Cruz do Capibaribe recebe cerca de 80 toneladas de resíduos sólidos (lixo) diariamente. São resíduos de residências, comércio e entulhos de construção civil. A gestão municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio Ambiente, vem desempenhando um trabalho de organização e reestruturação no processo de funcionamento do aterro, baseado no cumprimento das normas ambientais vigentes.
De acordo com o secretário de desenvolvimento econômico, agricultura e meio ambiente, Bruno Bezerra, uma das primeiras medidas, ao assumir a pasta, foi a negociação da dívida de 780 mil reais deixada pela gestão anterior com a empresa responsável pela administração do aterro. “A falta de pagamento impossibilitava o processo de expansão da estrutura do aterro, bem como a compactação e aterramento dos resíduos. O aterro funcionava como um lixão, só a partir da negociação fizemos um planejamento e uma verdadeira força-tarefa para compactar e cobrir o lixo exposto a céu aberto”, disse Bruno.
Problemas com o transporte e alimentação dos funcionários do local também foram encontrados. Segundo o gestor de meio ambiente, Pablo Ricardo, foram providenciadas as melhorias necessárias nas condições de trabalho e em breve todos passarão por capacitações na área ambiental.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio Ambiente vem acompanhando de perto o trabalho de reestruturação do aterro sanitário, para que o mesmo funcione da maneira correta. O próximo passo a ser dado é levantar a documentação e fazer as vistorias necessárias para renovar a licença de funcionamento do aterro, vencida desde 13 de abril de 2012.
MATÉRIA COMPLEMENTAR 
Entenda a diferença entre lixão e aterro sanitário
O Brasil ainda destina grande parte do lixo de forma incorreta. Dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) mostram que cerca de 1.600 municípios brasileiros destinam seus resíduos em lixões. A maior parte deles, 855, está localizada no Nordeste. O IBGE afirma que a região, junto com o Norte do país, leva mais de 80% dos seus resíduos para lixões. Todas as regiões, no entanto, vivem o problema. A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010, prevê a extinção dos lixões no Brasil até 2014.
Os dados Abrelpe também mostram que estamos produzindo mais lixo. Em 2010, a geração de resíduos sólidos urbanos cresceu 6,8% em relação a 2009. Junto a isso, os números do IBGE não são tão animadores: apenas 27,7% dos resíduos no Brasil vão, de fato, para aterros sanitários. Mas qual é a diferença entre lixão e aterro sanitário?
O lixão é um grande espaço destinado apenas a receber lixo. Isso significa que nada é planejado para “abrigar” os resíduos de forma menos agressiva ao meio ambiente. Não há tratamento para o chorume, líquido liberado pelo lixo, que contamina o solo e a água. Por lá, não é difícil encontrar ratos e insetos circulando livremente. Os resíduos ficam, literalmente, a céu aberto.
Já no aterro sanitário, o lixo é depositado em local impermeabilizado por uma base de argila e lona plástica, o que impede o vazamento de chorume para o subsolo. Diariamente, o material é aterrado com equipamentos específicos para este fim. Existem, também, tubulações que captam o metano, gás liberado pela decomposição de matéria orgânica e que pode ser usado para gerar energia.
Os aterros controlados são intermediários entre lixão e aterro sanitário. Neles, há cobertura diária do lixo com terra, importante para evitar mal cheiro e proliferação de insetos e animais, mas a capacidade de impedir a contaminação do solo e águas subterrâneas não é completa.

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