Uma freira beneditina, Teresa Forcades, natural de Barcelona, na Espanha, está dando dores de cabeça à cúpula da Igreja Católica.
É que a monja é muito pra frente. Seu ativismo político e seu posicionamento sobre as questões de comportamento entram em choque com a pregação da maioria dos padres, bispos e do papa.
Teresa é anticapitalista e sonha com uma revolução pacífica na Europa. A religiosa, porém, elogia o papa Francisco, “pela vontade que ele tem de mudar as coisas.
Por que a beneditina irrita os setores mais conservadores da Igreja?
Ela não rejeita cegamente o aborto, aceita o casamento gay e acha que as mulheres deviam ter acesso ao sacerdócio.
Essa freira sui generis tem 47 anos, estudou medicina e teologia e só optou pela vida religiosa aos 30 anos.
Teresa Forcades tem livros publicados com textos que incomodam parte do clero e tanto escrevendo quanto falando usa termos como revolução, ruptura, mudança e desobediência civil.
Numa de suas entrevistas, a monja beneditina bateu de frente com o capitalismo. “No Evangelho diz-se que não se pode servir a Deus e ao dinheiro, isto é anticapitalismo. No capitalismo posso contratar alguém com o seu trabalho, ganhar mil euros e pagar-lhe um euro. Não me parece bem. É imoral. Não quero esse mundo”, criticou. E completou, alfinetando também o comunismo praticado no passado em países como a Rússia: “Esta sociedade que imagino não é uma sociedade controlada por um comitê central. Não quero o capitalismo nem um governo que controle tudo. Não quero isso para nada, já vimos isso na História e é um desastre”.
É o Dom Hélder da Europa, e de saias.
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